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Ponto C na rota das digressões de artistas de referência e das grandes produções

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O Ponto C apresenta a programação do primeiro trimestre de 2025 e são muitos os destaques que colocam Penafiel na rota das digressões de artistas de referência e das grandes produções.  

Ao longo de três meses, o espaço cultural que abriu no final de setembro, convida para 16 espetáculos, do teatro à música, passando pelas artes performativas, teatro infantil e filme-concerto. As exposições e as chamadas abertas à comunidade continuam, com acesso e participação gratuitos.

Tiago Rodrigues, Jorge Palma, Pedro Penim, Banda Sinfónica Portuguesa e o Quarteto Contratempus, Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, Nena & Joana Almeirante, Ana Borralho & João Galante são alguns dos criadores e intérpretes que vão passar pelo Ponto C, entre janeiro e março.

Nos primeiros meses de 2025, o programa do Ponto C continua a afirmar Penafiel como um palco privilegiado para as grandes produções nacionais, inscrevendo-se no mapa das artes performativas e visuais através de artistas maiores. Os propósitos da diversidade, qualidade e regularidade são mantidos e reforçados na oferta programada, assim como os diversos eventos complementares, que visam ir ao encontro das preocupações sociais e políticas dos nossos dias. O teatro, a música e as artes são fóruns para discutir os assuntos de maior relevância, e no Ponto C isso é posto em prática todos os dias”, explica Mónica Guerreiro, diretora artística do Ponto C.

Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins. DR

O primeiro trimestre de 2025 no Ponto C arranca com um Concerto de Reis pela Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, sob direção artística de António Vieira, dia 11 de janeiro.

Na manhã seguinte há duas sessões para crianças e famílias: a peça de teatro “Dois Ratos”, de Joana Estrela & Nicolau, que conta a história do Rato do Campo e da prima da Cidade, com desenhos, música e algumas minhocas.

Apaixonadas por música country, Nena & Joana Almeirante apresentam, dia 17, o espetáculo “Dois Pares de Botas”. Acompanhadas por João Gusmão (guitarra e banjo), as cantoras vão dar voz às músicas que gostam, de Shania Twain a Taylor Swift, passando por Dolly Parton, The Chicks ou Johnny Cash.

O primeiro Encontro de Janeiras no Ponto C acontece dia 19 e conta com a participação de vários grupos de cantares de Penafiel.

De 24 a 26 de janeiro, a multipremiada “Catarina ou a Beleza de Matar Fascistas”, com texto e encenação de Tiago Rodrigues, e produção do Teatro Nacional D. Maria II. Uma família que, por tradição, mata fascistas está reunida na casa de campo, a sul do país. É o dia da jovem Catarina matar o seu primeiro fascista, mas esta mostra-se incapaz e recusa-se a fazê-lo. Uma decisão conflituosa que coloca em causa a tradição familiar. Uma peça com interpretação de Beatriz Maia, António Afonso Parra, Isabel Abreu, António Fonseca, Marco Mendonça, entre outros.

No primeiro dia de fevereiro, celebra 10 anos da edição d’“O Último Mortal”. Uma noite especial que vai contar com a participação de Mary Jane, Chek1 [Enigmacru] e DJ Disca Riscos. Durante a tarde, Puro L convida os novos talentos do hip-hop para uma sessão de open mic. 

Dia 2, a peça de teatro infantil “1 Planeta & 4 mãos” da Companhia Certa da Varazim Teatro. Criada e interpretada por  Joana Luna e Joana Soares, para crianças entre os 18 meses e os seis anos, conta a história da amizade entre Flor, uma menina cheia de energia e curiosidade, e Maria Papoila, uma jardineira que passa o dia a colher poesias.

No mesmo dia, chega ao Ponto C o filme concerto de Leo Bianchini, “Brasil/Brasis”. Realizado em parceria com a cantora e pesquisadora Naira Marcatto, o cantautor Leo Bianchini interpreta recortes do cancioneiro popular para traçar o desenvolvimento sociocultural do Brasil. Uma viagem através do tempo e da história da gente brasileira contada pelo seu maior bem cultural: a música.

1984. créditos de Jorge Gonçalves

A peça de teatro “1984, George Orwell, na nova adaptação de Robert Icke e Duncan Macmillan” chega ao Ponto C pela mão dos Artistas Unidos, dias 7 e 8 de fevereiro. Com encenação de Pedro Carraca, esta peça conta com interpretação de Raquel Montenegro, Ana Castro e Paulo Pinto, entre outros, além de uma componente fílmica. “1984” retrata um futuro sombrio onde a liberdade individual é suprimida e a verdade é distorcida pelo governo autoritário. A adaptação ao teatro reaviva os temas atemporais do romance original, mas também os traz para um público contemporâneo, convidando-o a refletir sobre questões urgentes relacionadas ao controle do governo, à manipulação da informação e à resistência frente à opressão.

Jorge Palma. DR

Para celebrar o Dia dos Namorados, 14 de fevereiro, o Ponto C recebe Jorge Palma no âmbito do Festival Montepio às Vezes o Amor. Ao vivo, o músico e compositor vai apresentar o seu último disco de originais, “Vida”, mas do alinhamento também farão parte clássicos como “Encosta-te a mim”, “Frágil”, “Estrela do Mar” e “Bairro do Amor”.

A partir do primeiro verso de “E Depois do Adeus”, a canção de Paulo de Carvalho que sinalizou o arranque da Revolução dos Cravos, “Quis Saber Quem Sou” é um espetáculo, um concerto e uma peça de teatro, encenado por Pedro Penim, com produção do Teatro Nacional D. Maria II e direção musical de Filipe Sambado. Para ver dias 21 e 22, esta peça revisita as canções da Revolução, as suas palavras de ordem, mas também as histórias pessoais das gerações que fizeram o 25 de Abril, contadas e cantadas por jovens atores/cantores entre os 16 e os 20 anos, selecionados numa audição a nível nacional.

No mês em que se celebra o Dia da Mulher, o Ponto C começa com uma noite dedicada aos valores emergentes do hip-hop feminino. A 1 de março, a rapper penafidelense Kali, as portuenses Alice e Moria e a lisboeta Bruma vão celebrar a arte, a resistência e a transformação social, com o objetivo de fazer refletir sobre a igualdade de género. Em palco, as quatro rappers reafirmam a força e a diversidade neste movimento cultural.

Depois da chamada aberta à comunidade no último trimestre de 2024, a performance “Atlas Penafiel”, de Ana Borralho & João Galante, é apresentada dias 3 e 4 de março. Uma peça de teatro que reúne em palco diferentes profissões, uma representação das pessoas através da sua função na sociedade. Inspirada na frase mantra de uma canção infantil – “Se um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais…” – “Atlas Penafiel” é uma obra motivada pela crença de que a arte deve desempenhar um papel interventivo na sociedade. 

A 8 de março, a Banda Sinfónica Portuguesa e o Quarteto Contratempus apresentam “Delícia de Morangos e Chantilly”, uma composição de Pedro Lima com libreto de Edward Luiz Ayres d’Abreu em colaboração com o ChatGPT e outras fontes de inteligência artificial. Encenada por António Durães e dirigida pelo maestro Jan Wierzba, “Delícia de Morangos e Chantilly” leva a palco uma espécie de sala de ensaios a partir da qual tudo pode acontecer, tais são as vicissitudes da vida.

Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa. DR

Com texto e interpretação de Sara Barros Leitão, “Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa” chega ao Ponto C dias 14 e 15 de março. A partir do livro “Novas Cartas Portuguesas”, este espetáculo aborda a criação do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal para contar a história, pouco conhecida e valorizada, do trabalho das mulheres, do seu poder de organização, reivindicação e mudança.

A 22, a Orquestra Filarmónica Portuguesa, dirigida por Osvaldo Ferreira, interpreta “Os Planetas”, uma suíte composta por Gustav Holst entre 1914 a 1916, constituída por sete movimentos, dos quais cada um corresponde a um planeta do sistema solar. A obra musical mais conhecida do compositor inglês assemelha-se a um livro ilustrado com dimensão celestial. O programa fica completo com “La Valse”, de Ravel, celebrando os 150 anos do compositor.

As bilheteiras do Ponto C estão abertas de terça-feira a sábado, entre as 13h30 e as 18h30, e sempre on-line

Programação complementar

Em exibição do Ponto C continuam a exposição “Teatra”, no átrio, com 20 retratos a preto e branco de alguns dos mais icónicos atores e atrizes do país encenados, caracterizados e fotografados por João Telmo e Martim Pedroso, da Nova Companhia.

Na Sala Eurico, “Da figura ao signo”, uma mostra das obras do pintor surrealista penafidelense, Eurico Gonçalves (1932-2022) com curadoria de Dalila d’Alte Rodrigues.

A performance final da residência Gilreu Coletivo Artístico, “Vestir a Sombra”, vai ser apresentada dia 4 de janeiro no Recreatório Paroquial de Penafiel. Uma instalação performativa contemporânea, criada a partir de Penafiel e devolvida à comunidade, unindo o ofício dos teares à performance e às artes visuais, num ato poético de interpretação da vida evocando mulher e seus rituais. Através de uma intervenção poética no Ponto C, esta obra nasceu da interação direta com a população local, das suas estórias e dinâmicas, estabelecendo um jogo de luz, sombras e materiais, que através da performance aludem e nos levam ao mundo interior feminino, ancestral e atual.

A 1 de março, mês da Mulher, inaugura, no átrio, a exposição de Elsa Martins, “Ímpeto Feminino”. Livre de regras, do ritmo e do encaixe, a pintora penafidelense usa uma profícua combinação de cores, texturas e relevo como forma de expressar o seu íntimo, atribuindo sensualidade e ousadia a cada produção artística.

Dia 8 de março, o Ponto C convida para uma maratona coletiva de leitura das “Novas Cartas Portuguesas”, livro icónico das “três Marias” (Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa) que a censura atacou e que resiste até hoje como obra maior da luta feminista.

A 23 de março, o público é convidado para a audição de “Plantasia” de Mort Garson. Editado em 1976, este álbum de música psicadélica foi composto especificamente para as plantas ouvirem. Os interessados em participarem nesta audição são convidados a levar plantas para ajudar a criar um ambiente que promova a fusão entre música e natureza. Trata-se de uma audição orientada pelos comentários do músico Eduardo Peixoto de Almeida, músico e entusiasta da música eletrónica.

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