A Socorro fez dois anos e foi um grande serrabulho! Passo a explicar…
Segundo o dicionário, sarrabulho, em sentido figurado, significa “confusão; desordem; balbúrdia”. Se pensarmos nestas três palavras e no que se passou na cave da Socorro, a coisa bate certa, mas há que dizer que foi uma confusão desconfusa, uma desordem ordenada e uma balbúrdia muito divertida.

E os principais culpados foram os… Serrabulho e o seu grindcore festivo que manteve a plateia numa enorme inquietação e o mosh pit em constante ebulição.
Foi uma celebração muito festiva, com o muito público a entrar na festa e a assinalar com entusiasmo o segundo ano de vida de um espaço que trouxe mais uma centralidade à música no Porto, não apenas através do palco que instalou na cave, mas também da loja de discos no rés-do-chão e, ainda, da livraria na mezzanine do nº 44 da rua de Guedes de Azevedo.

Muita música tem passado por aquele espaço em dois anos, em forma de arte, seja sonora, de palavras ou de imagens (também há exposições).

Voltando ao festim do dia 18 de Janeiro, a festa começara cedo, com os Los Cudas e o seu surf rock polvilhado de psychobilly e ainda com Claiana, alter-ego de Aguinaldo Conceição, e o balanço inimitável das sonoridades cabo-verdianas.
Mas foi com o grind dos Serrabulho e todo o circo que transportam para o espectáculo que a celebração atingiu o auge.

Houve mesmo um momento em que a sala ficou vazia, plateia e palco, porque toda a gente decidiu ir, em grupo, invadir a rua de Santa Catarina, envolvendo alguns comerciantes na festa.
Resumindo, foi um festão, com os portuenses a afirmarem o seu apoio às salas que lhes proporcionam ouvir o que espaços maiores e mais comerciais dispensam. Não se esqueçam: “Support your local bands”!…

Parabéns à Socorro e venham muitos aniversários, mas devagar!