Rui Moreira apresentou a recandidatura à Câmara do Porto para um terceiro mandato, esta quinta-feira, no Palácio de Cristal. Falou de obra feita, nomeadamente sobre medidas tomadas em vários setores e disse querer “concluir os projetos que a pandemia atrasou”, acreditando ter “condições para projetar um futuro ainda melhor para o Porto e para as suas gentes”.
Sob o lema “Aqui há Porto.”, começou por lembrar que (desde 2013) “nunca teve agenda partidária, nem nunca respondeu a directórios”. E continuou dizendo que “sempre nos focamos num Porto independente das ideologias, independente dos protagonistas partidários e independente das agendas centralistas que recorrentemente nos querem impor”.

“Este caminho incomodou muita gente, principalmente aqueles que como se diz no Porto, não têm noção e continuam a trocar o Porto Pelo Terreiro do Paço, ao ponto de não terem descansado enquanto não criaram uma Lei para nos impedir de voltar a usar o lema “O Nosso Partido é o Porto”, referiu.
Rui Moreira sublinhou a importância do novo PDM, que desta forma “estão lançadas as bases para concretizarmos o que faltava no nosso projeto da cidade, nomeadamente: duplicar a área verde da cidade; o aumento da habitação acessível, tendo como pano de fundo a recuperação demográfica de uma classe média que há muito teve que sair da cidade e a promoção da competitividade económica e do emprego”.
Matadouro como projeto preferido
Rui Moreira falou sobre o assunto Matadouro. “Todos sabem que o meu projeto preferido sempre foi o Matadouro e que penou pelos labirintos do Tribunal de Contas. É um projeto que irá criar uma nova centralidade, revitalizando Campanhã e toda a zona oriental, tal como aconteceu com a zona da Expo, em Lisboa, mas com uma grande diferença: lá foi com dinheiro do Poder Central, aqui tivemos o engenho de motivar os privados”.
E continuou dizendo que “é um símbolo do nosso programa, porque conjuga as boas contas, a cultura, a economia, a coesão e também a sustentabilidade. O que demonstra que a utopia pode ser viável.”
“Reclamar o justo quinhão”
“Sabem que podem contar sempre com a minha voz e a minha força na defesa intransigente do Porto, por mais que me traga perseguições e dessabores. Seja reclamando o nosso justo quinhão junto do poder central, seja negociando questões tão cruciais como a descentralização, o PRR e o novo quadro comunitário”.
“Concluir projetos que a pandemia parou”
“Quero concluir os projetos que a pandemia atrasou e acredito que tenho condições para projetar um futuro ainda melhor par ao Porto e para as suas gentes”.
Sem condicionamentos ideológicos
“Este projeto não pode ser condicionado por ideologias. Temos de saber substituir a ortodoxia das ideologias pelo pensamento e pelo conhecimento. E temos os ingredientes para isso: a academia, a cultura, mas acima de tudo, uma sociedade sempre inconformada que tudo discute.”
Rui Moreira já recebeu apoios oficiais do CDS-PP, Iniciativa Liberal, Nós, Cidadãos! e do MAIS – Movimento de Cidadania Independente.
Para estas eleições à Câmara do Porto, são já conhecidas as candidaturas de Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Ilda figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Vladimiro Feliz (PSD), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal e António Fonseca (Chega).