O Sindicato dos Enfermeiros (SE) denuncia a demora na aplicação deste Decreto-Lei, que previa a atualização remuneratória dos enfermeiros. Passados quase dois meses, os mais de 2.000 profissionais da ULS Gaia e Espinho permanecem sem pagamento dos retroativos a 1 de novembro de 2024, sem resposta e sem previsão de recebimento, sentindo-se profundamente indignados com a situação.
Pedro Costa, presidente do SE, considera a situação insustentável e exige uma resposta urgente: “É inaceitável que mais de dois mil enfermeiros aguardem indefinidamente pelo que é seu por direito. O Decreto-Lei foi publicado a 19 de dezembro de 2024, já passaram praticamente dois meses, mas o pagamento ainda não foi efetuado e, mais grave, em pleno mês de fevereiro, a ULS Gaia e Espinho já notificou os enfermeiros de que o pagamento também não iria ser efetuado no corrente mês. A administração da ULS tem a responsabilidade de dar uma resposta clara e imediata e de cumprir o que está estabelecido. Tiveram tempo mais do que suficiente para acautelar todas as dúvidas, tal como acontece noutras unidades de saúde.
O acordo está assinado e a atualização salarial está aprovada, mas as ULS continuam a falhar na sua aplicação, deixando os enfermeiros numa espera inaceitável.
O Sindicato dos Enfermeiros apela a uma resolução célere e transparente e exige que os profissionais sejam informados de uma data concreta para a regularização dos pagamentos.
“Os enfermeiros continuam a prestar cuidados de saúde à população, mesmo diante da incerteza e do desrespeito pelos seus direitos. É urgente corrigir esta situação, e o SE não descansará enquanto a justiça não for feita”, reforça Pedro Costa.