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CAMPUS Paulo Cunha e Silva. Porto ganha novo centro de residências para as artes performativas

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Apoiar o processo de criação de artistas e profissionais do setor – com um programa de cerca de 90 mil euros – e colmatar a escassez de espaços de trabalho e de ensaios são os objetivos deste lugar multidisciplinar, que nasce na antiga Escola Básica José Gomes Ferreira, requalificada através de um investimento que rondou 1 milhão de euros. Abriu portas na passada quarta-feira, dia em que Paulo Cunha e Silva celebraria o seu 59.º aniversário.

Situado na Travessa dos Campos, n.º 144, nas proximidades da Praça do Marquês e da Rua do Bonjardim, o projeto pretende viabilizar o processo de criação como uma prática artística diária – remunerada e apoiada -, e ser um lugar para artistas e profissionais do setor, onde a experimentação e o conceito de comunidade são determinantes na sua missão.

O novo centro de residências não visa acolher apresentações públicas e aspira a ser um lugar de interação e intercâmbio, pesquisa, criação e ensaios, sempre com a missão de explorar e experimentar as disciplinas de dança, teatro, formas animadas, circo contemporâneo e qualquer formato híbrido que surja destes cruzamentos disciplinares.

CAMPUS: Temporada 2021-2022

Em termos programáticos, e após um profícuo processo de auscultação da comunidade local, foi delineado um projeto para a primeira temporada (2021-2022) do CAMPUS, cujo orçamento é de cerca de 90 mil euros. Assenta essencialmente em dois programas de residências – artísticas e técnicas – e no lançamento da segunda edição do “Reclamar Tempo – Pesquisa e Investigação Artística”, programa criado pelo Teatro Municipal do Porto, em 2020, com o intuito de incentivar o trabalho de investigação de artistas em contexto de pandemia.

Relativamente ao programa de residências artísticas, serão reservadas 56 semanas para acolher criadores residentes em Portugal, com especial enfoque na região Norte, com diferentes objetivos e em fases distintas do processo de trabalho – como pesquisa, novas criações ou remontagens de peças já existentes.

Quanto ao programa de residências técnicas, que poderá decorrer nos espaços do Teatro Campo Alegre, serão privilegiados trabalhos artísticos na sua fase final de criação e que necessitem de um período de experimentação ou montagem técnica.

O espaço do CAMPUS Paulo Cunha e Silva

A obra de reabilitação dos 900m2 da escola básica José Gomes Ferreira, distribuídos por dois pisos, resultou da transformação de seis salas de aula em quatro estúdios, dispondo agora de uma área de receção, uma sala de produção, cozinha, sala de estar, dois quartos – que permitem alojar até quatro pessoas -, lavandaria e um armazém técnico; uma Biblioteca de Artes Performativas, de acesso livre, que crescerá com o tempo e a utilização do espaço; e as zonas exteriores, que envolvem o edifício com um jardim na frente e pátios nas traseiras, podem também ser utilizadas como áreas de trabalho ou de lazer. Para além dos estúdios, as áreas exteriores, a oficina e a sala de estar do CAMPUS, podem ser solicitados para reuniões, sessões de trabalho, consulta de livros, sempre que possível e salvaguardando a privacidade dos artistas em residência.

Nos próximos dias 12 e 13 de junho, todos os interessados em conhecer as instalações do CAMPUS e em acompanhar a partilha pública dos processos de trabalho dos artistas da primeira edição do programa “Reclamar Tempo”, podem fazê-lo, nos horários disponíveis, através do agendamento no site da Bilheteira Online

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