Rui Moreira voltou a apontar o dedo às lojas de “souvenirs”, afirmando que algumas destas lojas existem com o intuito para branquear os lucros do tráfico de droga. E lembra ainda que “há determinadas atividades económicas que mais não são do que lavandarias de dinheiro”, apelidando de “perigoso” este fenómeno, que tem tido uma proliferação sem igual e que a Câmara nada pode fazer.
A única solução para acabar com esta situação, de acordo com o presidente da Câmara Municipal do Porto é tomar medidas de acordo com estes desafios. “Regular é fiscalizar, intervir e ser intolerante relativamente a este fenómeno”.
Estas ideias foram reveladas no encerramento da conferência “Segurança Urbana 5.0, os desafios na era da inteligência”, com organização do Observatório de Segurança Interna que teve lugar no Átrio dos Paços do Concelho da Invicta.
No final, em declarações aos jornalistas, Rui Moreira afirmou que as lojas de lembranças “mais não são do que lavandarias de dinheiro”, sublinhando que haverá algumas que são, outras que não são. Haverá outras que têm um negócio associado, que pode ter a ver com o tráfico de seres humanos”.
O presidente da Câmara do Porto lembrou ainda que há mais de um ano o então ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, requereu o “mapeamento desse tipo de lojas no centro da cidade do Porto”. Este pedido vinha no seguimento de uma investigação que já decorria em Lisboa sobre este tipo de lojas. Na altura foram sinalizados “em 43 arruamentos, 180 lojas”. Rui Moreira disse que sobre esta investigação não tem qualquer novidade.