Novembro, mês de Verão de S. Martinho e de Todos os Santos, de queda das folhas das árvores e de constipações, apresenta um cartaz interessante, quando muita gente já começa a pensar é no Natal. Cada vez são conhecidos mais nomes para os festivais de Verão de 2026 (o Natal está à porta!!!), mas o mês 11 traz ao Porto Laurie Anderson (infelizmente, com as duas datas já esgotadas) e Deafheaven (também esgotado) e muita nostalgia… Sétima Legião, no Misty Fest, e os tripeiros Táxi e Jáfumega a celebrarem 45 anos de história musical são os protagonistas da nostalgia. Num vasto cartaz que, entre nacionais e internacionais, mais ou menos conhecidos, vai fazer fervilhar o Porto neste Novembro, destaque para a celebração de 10 anos de Baleia Baleia Baleia.
O arranque do mês dá-se na ressaca da Noite das Bruxas e, ao que parece, as assombrações vão continuar. Assim, dia 1, na Socorro, há Xavalo Fest 8 (Edição de Halloween), com Deer in Headlights, Mangualde e Mouthful of Grief, enquanto o Pinguim Café encerra o ciclo de experimentação musical, que decorreu ao longo dos sábados de Outubro, cujo ponto de partida é a estética dark ambient/goth, com o músico sintrense Lvis. Por fim, no Hard Club, acontece mais uma edição do Axisrock Fest, com Wildchains, Wild Puppets, The Quinces e Break Even, e, no Barracuda, o palco é para os galegos Black Panda, os bascos Crucifucked e os tugas Dokuga, numa noite de punk com curadoria Mördör Bookings.
No domingo, dia 2, no âmbito do Misty Fest, a Casa da Música recebe os Máquina e os Travo.
Dia 3, porque «Não se passa nada às segundas», a Socorro recebe os norte-americanos Snõõper, uma co-producão Machamba e Saliva Diva. No Hard Club os noruegueses Leprous apresentam o seu oitavo álbum, «Melodies of Atonement» (2024), que marca um retorno a sonoridades mais pesadas). A noite conta ainda com actuações de Gate e Royal Sorrow.
Terça-feira (dia 4), o Barracuda abre portas para receber o norte-americano Billy Tibbals, uma produção da Knock Knock Booking.
Já no dia 6, o palco do Ferro Bar é para HackeDePicciotto, projecto de Alexander Hacke, membro fundador dos Einstürzende Neubauten, e Danielle de Picciotto, co-fundadora da Love Parade Berlin e ex-membro da banda Crime And The City Solutions. A música do duo oferece uma fusão fascinante de paisagens sonoras experimentais, narrativas profundas e uma presença em palco envolvente. A não perder! Na Casa da Música, o portuense JP Coimbra apresenta «Revealing», o segundo álbum a solo, num concerto em que contará com Samuel Martins Coelho (violino e eletrónica), Jorge Coelho (guitarras) e João Costeira (bateria e samplers) em palco. Já o brasileiro Monchmonch sobe ao palco do Maus Hábitos, por onde passarão também os Tédio FC.
Sexta-feira (7), os mexicanos Los Sustos apresentam-se no Barracuda, enquanto os Pontos Negros celebram 20 anos no Maus Hábitos. Por outro lado, Inês Malheiro e Vasco Lé voltam ao espaço da Lovers & Lollypops para apresentarem Metal. Num concerto já esgotado, Jay-Jay Johanson actua no Mouco, com primeira parte a cargo de Surma.
Sábado (8), o brasileiro, sedeado em Berlim, Daniel Knutz sobe ao palco do Barracuda, com o selo da Dark Allies. No Teatro Sá da Bandeira, o palco é para A Garota Não.
Terça-feira (11), Yann Tiersen regressa ao Porto, ao Coliseu Porto Ageas, para uma atuação a solo de piano e música eletrónica, a propósito do seu novo álbum «Rathlin from a Distance | The Liquid Hour». Já na Casa da Música, directamente dos anos 1980, a Sétima Legião apresenta «A Um Deus Desconhecido», na Casa da Música, no âmbito do Misty Fest.
Quarta-feira (12) e no dia seguinte, o Teatro Rivoli recebe Laurie Anderson & SexMob, que apresentam «X²». Laurie Anderson é uma das vozes mais inovadoras da arte contemporânea e estará em palco acompanhada pelos nova-iorquinos SexMob, banda liderada por Steven Bernstein, na direcção musical e trompa, e com Briggan Krauss (saxofone e guitarra), Tony Scherr (baixo), Kenny Wollesen (percussão) e Doug Wieselman (guitarra e sopros). Infelizmente, ambas as datas já estão esgotadas.
Na quinta-feira (13), para quem gosta, os Silence 4 celebram 30 anos de formação e apresentam-se quatro noites seguidas na Super Bock Arena. Os concertos dos dias 13, 14 e 15 já estão esgotados, resta apenas o de dia 16. No Maus Hábitos há pós-punk belga com os Kookaburra, e, no Ferro Bar, Sacred Skin, o duo de Los Angeles formado por Brian DaMert e Brian Tarney, que combina sons de new wave e synth-pop.
Dia 14, o Coliseu Porto Ageas recebe a celebração de 45 anos dos portuenses Táxi. Banda nascida na Invicta, os Táxi, para além de alguns temas novos, presentearão o público com alguns dos seus sucessos, como «Chiclete», «Cairo» e «Rosete», entre tantos outros. No Plano B, Surma apresenta-se em Concerto: Instalação, em que a artista, juntamente com João Hasselberg e Pedro Melo Alves, desafia novas fronteiras para o concerto ao vivo. Na Sonoscopia Associação, no 217 da rua Silva Porto, há Microvolumes 4.72, com Sara Belo, Novelo Vago e The Selva; no Barracuda, Lollipots e Massuda; e, no RCA – RadioClube Agramonte, Henrique Tomé.
No dia que fecha a primeira metade do mês (dia 15), os argentinos MephistoFeles levam o seu stoner/doom até ao Mouco, enquanto Da Chick apresenta o seu novo album «Up In The Clouds», no Auditório CCOP. Integrado no Desassossego Festival, os Sereias apresentam-se no Maus Hábitos e, no Barracuda, o palco é para Seven Red Lions e Sirius Voltage. Shelley Short, Darron Hanlon e Minta & The Brook Trout actuam na Escola Normal.
Domingo (16), há matiné no Woodstock 69, com o Deadfest III, que contará com concertos dos Grindead, dos alemães Cryptic Brood e ainda dos Horrification. No RCA – RadioClube Agramonte, a proposta é de música electronica com Lust For Youth e Lathe Of Heaven. Não é no burgo, mas fica ali ao lado… em Matosinhos. O Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery recebe os Mão Morta, que levam «Viva la Muerte» na bagagem.
Quarta-feira (19), no Espaço Lovers & Lollypops, Devon Rexi, banda dos Países Baixos, apresentam a sua música experimental e dub, enquanto, no RCA – Radioclube Agramonte, há rock alternativo dinamarquês, com os Veneer. Poison Ruin e Somatic Anxiety sobem ao palco do Mouco.
No dia seguinte (20), pela mão da Bolhão Records, os alemães Bloodstains e os tugas Fuck It tomam o palco do Barracuda e April Marmara apresenta o seu segundo álbum, «Still Life», nos Concertos no Café, da Casa da Música. Quem também introduz ao público o seu novo álbum são os Sunflowers. «You Have Fallen… Congratulations!» pode ser conhecido ao vivo no RCA – Radioclube Agramonte e dizem que será “a celebração do absurdo: uma noite para cair, rir e, quem sabe, dançar entre os destroços”.
Sexta-feira (21), o Barracuda propõe uma noite com Boletaire, Tchula Bombarda e Cunhal Caveira e o RCA – Radioclube Agramonte dá palco aos Polivalente e aos Lesma.
Já no sábado (22), os concertos de Deafheaven e Portrayal Of Guilt, no Mouco, são só para quem foi rápido na compra de bilhete, pois está esgotado há muito, mas para quem não tem bilhete, no Barracuda, há Noites Suburbanas, com Xeque Mate e Warout.
Domingo (23), e porque ao domingo começa a haver muito mais para além da missa das 10, no Espaço Lovers & Lollypops o palco é para os Cari Cari, duo formado por Stephanie Widmer e Alexander Koeck, que combina vocais, guitarra, bateria e didgeridoo num universo sonoro singular. E, em local a anunciar (por isso, estejam atentos!), no encerramento do ciclo 2025 do Porto Sound Secrets a proposta é A Garota Não.
Depois dos Táxi, segunda-feira (dia 24) é a vez dos também tripeiros Jáfumega assinalarem 45 anos da sua fundação. A Casa da Música será palco para se ouvirem temas mais icónicos do boom do rock português, nos idos anos 1980… com sotaque!
Quarta-feira (26) vai para o terreno o Movimento Rota Sonora, que pretende dinamizar “um circuito nacional que dá voz às bandas emergentes em Portugal”. Nesse sentido, o Espaço AL859 recebe a primeira acção, conjugando diversas artes e diferentes estilos musicais nas actuações previstas. Assim, pelo palco passarão Rui Pedro Claro (e o irmão mais velho), Camila, Silly Boy Blue e Bulha.
No dia 27, os noruegueses Mayflower Madame apresentam o seu terceiro álbum, «Insight» (2024), no Maus Hábitos, numa noite que conta ainda com os portuenses Os Overdoses. Este é o dia também que se inicia o Bd Party Weekend Paulo Rui, que passa por três casas que até há pouco recebiam esse evento pascal que era o Pela Madeira Adentro. Páscoas à parte, Paulo Rui, músico dos Redemptus, Besta e Avesso, dá início às hostilidades aniversariantes com concertos de Verbian e Avesso, no Ferro Bar. No dia seguinte (28), a festa é no Barracuda, com Redemptus, 98 Axe e Bow, e, por fim, no sábado (29), a celebração ruma ao Woodstock 69 e será animada pelos Besta e Dokuga.
Sexta-feira (28), noite brava no Barracuda, com Redemptus, Bow e 98 Axe, ao passo que, no Maus Hábitos, há Terrible Mistake. Femme Falafel leva o seu disco, hip-hop, salsa e pastéis de nata até ao RCA Radioclube Agramonte.
Com o mês a finar-se, no dia 29, os Baleia Baleia Baleia celebram, no RCA – Radioclube Agramonte, 10 anos de suicídios comerciais e, especialmente, de explosões de vida e energia em cada um dos concertos que a dupla (Manuel Molarinho, baixo e voz, e Ricardo Cabral, bateria e voz) deu ao longos da última década, em que editaram dois álbuns. Entretanto, a The Punkgoth Society apresenta o regresso ao Porto dos Phantom Vision, que actuam no Gym Bar 748, sito no mesmo número da Rua do Amial. Na Super Bock Arena, para quem gosta, Tim Bernardes & Orquestra apresentam «Raro Momento Infinito». A quarta edição do The Skull Room Studio Rockfest monta mosh pit no Mouco e a proposta é: Equaleft, Blaze the Trail, Three of Me, Oceans of Apathy e In We Fall.
E com o fim do mês (30) a coincidir com véspera de feriado, os Grandbrothers apresentam «Elsewhere», na Casa da Música, no âmbito do Misty Fest, e a Noite Maldoror, no Barracuda, tem como protagonistas os australianos Magic Machine, no Barracuda.
Ficam, assim, algumas propostas, que serão actualizadas logo que algumas agendas sejam libertadas. Divirtam-se e apoiem as bandas e as salas da cidade Invicta… mas não só!