Tânia Chaves conseguiu um resultado histórico para a escalada nacional ao alcançar o quarto lugar na competição de AL2 de escalada adaptada nos Mundiais de Escalada da IFSC que terminaram hoje em Seul, Coreia do Sul.
Tânia, atleta de 30 anos do Clube de Escalada de Braga, já tinha conseguido o feito extraordinário de se qualificar para as finais, mas ficou a um ponto de chegar às medalhas, numa competição ganha pela francesa Lucie Jarrige. A australiana Sarah Larcombe foi segunda e a norte-americana Dalyia Hansen assegurou o bronze.
“É sempre triste ficar a um ponto da medalha, mas faz parte do processo. Tenho de mentalizar disso”, afirmou Tânia logo após a cerimónia de entrega de prémios, desabafando: “Acho que correu bem, a primeira vez que me apurei para uma final dos Mundiais. Perder por uma presa é duro. Chorei muito quando saí da parede, mas não posso chorar por leite derramado.”
Tânia que lamentou não ter podido contar com o seu treinador em Seul, por constrangimentos financeiros, confessou-se algo surpreendida pelo resultado: “Foi um bocado surpresa e ao mesmo tempo…não. Trabalhámos muito durante o ano.”
O outro protagonista deste feito, o técnico Filipe Costa, vê o lado positivo além da frustração: “Ficámos a uma presa de uma medalha. O lugar da Tânia é aquele, na primeira parte do pelotão, embora não esconda que as medalhas eram o objetivo. Não é o sonho, mas saber que ficámos à frente de outros adversários é sinal de progresso. Agora é olhar para a República Checa em 2027 (Mundiais IFSC) e, o objetivo principal é os Paralímpicos de Los Angeles 2028.”

