A Sinfonietta de Braga, com a colaboração do guitarrista Artur Caldeira, apresenta o disco
“Arco da Corda Nova”. A música é um idioma sem fronteiras, falado em inúmeros dialetos pelo mundo. As barreiras entre dialetos são, na nossa perspetiva, construções fictícias que
dissolvem o efeito agregador da arte.
Com base neste princípio, a Sinfonietta de Braga procurou, desde a sua fundação, estabelecer pontes entre a música erudita, área de formação predileta dos seus colaboradores, e a música tradicional. Materializando esta intenção, surge a primeira edição discográfica da associação, intitulada “Arco da Corda Nova”.
Esta colaboração resulta do desafio, lançado ao guitarrista Artur Caldeira, de compor, decompor e recompor quatro tributos à música tradicional portuguesa. O resultado é uma nova forma de escutar a música popular, onde a orquestra de cordas é guiada nos meandros da música tradicional pela guitarra clássica e pela guitarra portuguesa.
A primeira das 4 obras, “Três Melodias Populares”, incide sobre o folclore do Baixo Minho, que tem o seu mais genuíno epicentro na Rua dos Falcões da cidade de Braga. “Minomento” é um verdadeiro monumento aos artistas nortenhos, vítimas diretas ou indiretas de uma pandemia ainda viva na nossa memória. “Para lembrar Luís Goes” faz uma homenagem à figura máxima do fado de Coimbra, Luís Goes, e “Aos Guitarristas Portugueses” utiliza a guitarra portuguesa para percorrer temas de nomes incontornáveis do género.
De destacar também a homenagem a Carlos Paredes, José Luís Nobre Costa, ao compositor Venezuelano Carlos Bonnet, entre outros.