“«Quem Cuida do Jardim» é uma distopia sobre os últimos dias da humanidade, tal qual a conhecemos. Confrontadas com o medo e as contradições da prática, quatro sobreviventes erram à porta da extinção completa, em busca de “ideias para salvar uma coisa que já nem sequer existe”», escreve na folha de sala Cristina Roldão, sobre o espectáculo que está em cena, dias 8 e 9 de Março, no Teatro Helena Sá e Costa, no Porto.

“Quando a humanidade entrou em extinção, estava em curso um projecto laboratorial de criação de uma nova espécie de ser humano, destinada a repovoar a terra e desenhada geneticamente sob uma ética do cuidado. Quatro sobreviventes, entre os quais um exemplar desta nova espécie, tentam agora ‘reparar’ o mundo de forma a viverem o melhor possível. Ou sonham com isso”, pode ler-se na sinopse do espectáculo criado por Cristina Carvalhal e levado a palco pela Causas Comuns.

Em 2008, Cristina Carvalhal dirigiu «Cândido ou o Optimismo», uma adaptação da obra de Voltaire, que no final deixa uma enigmática sugestão: «devemos cuidar do nosso jardim». É a partir desse enigma que surge o espectáculo, fruto de uma pesquisa sobre o percurso das sociedades pré-históricas até à atualidade, com especial enfoque na Europa.

“Procuramos reflectir sobre alguns dogmas que enformam o nosso pensamento quando nos questionamos sobre a forma como vivemos. Dito de outra forma, como impedir a destruição de pessoas, ecossistemas e saberes, imposta por modelos organizacionais que insistimos em perpetuar?”, lê-se ainda na sinopse da peça.

Alice Azevedo, Bruno Huca, Carla Bolito e Diogo Freitas são os protagonistas em palco. A peça está em cena dias 8 e 9 de Março, no Teatro Helena Sá e Costa, às 21h00 e 16h00, respectivamente.
