Dezembro é sinónimo de fecho de mais um ano, da chegada do general Inverno e, claro, dos festejos natalícios. E, por falar nisso, o 12º mês de 2024 traz algumas boas prendas à cidade do Porto, onde se destacam o último festival do ano (Post Punk Strikes Back Again), mais uma edição de Super Bock Super Nova e concertos de Molchat Doma, UHF, Friedberg ou Nouvelle Vague, entre tantos outros que preenchem as agendas das salas da Invicta.
E, talvez, por ser o derradeiro mês do ano, entra com toda a fúria e a um domingo! No âmbito do Misty Fest, Manuel Fúria apresenta-se na Casa da Música (Sala 2), num concerto em que será acompanhado em palco por João Eleutério.
Quarta-feira (dia 4), o Hard Club acolhe uma noite que promete ser especial e que tem à cabeça do cartaz os bielorrussos Molchat Doma e conta ainda com os norte-americanos Urban Heat.
No dia seguinte (quinta-feira, 5), os Madmess regressam ao Ferro Bar e levam com eles os gauleses Twin Stoners. Neste dia ainda, a Socorro recebe Miguel Flores e ainda José Rego.
Sexta-feira (dia 6), no Ferro Bar, o palco será de Divã e Nikita Curtis, enquanto o Barracuda acolhe um encontro entre o País Basco e Portugal em tons punk… Aos tugas Grito! e 98 Axe juntam-se os bascos Katarsi e Hotza.
E o primeiro sábado do mês (dia 7) é um dia em cheio e cheio de propostas. Difícil vai ser escolher… Na Casa da Música, os UHF encerram a digressão «45 Sobre Rodas», iniciada em Novembro de 2023, na Incrível Almadense. Pela sétima vez, a banda de António Manuel Ribeiro fecha uma digressão no Porto e espera-se um concerto entusiasmante. Por outro lado, os Mundo Secreto celebram 25 anos de carreira e festejam no Hard Club, onde se poderão ouvir clássicos como «Põem a mão no ar», «Soa o alarme», «Põem aquele som», «Chegámos à party» ou «Leva o meu mundo». Outro regresso ao Porto é o de Panda Bear, que actua no Plano B, enquanto os Orangotango e Palegazer sobem ao palco do Barracuda.
O dia 7 marca ainda o arranque, no Hard Club, do derradeiro festival de música do ano, o Post Punk Strikes Back Again (PPSBA), em 6ª edição. Neste dia, considerado o warm up, o palco será dos italianos Soviet Soviet, das britânicas Deep Tan e ainda dos portugueses Rival Clubs. Nessa mesma noite, no Maus Hábitos há mais uma sessão de Super Bock Super Nova. Pelo palco passarão os Them Flying Monkeys, os 800 Gondomar e ainda os Krypto. Na Socorro, ao início da noite, Victor Torpedo and The Pop Kids levam até à cave da loja de discos e livros «Great Expectations», editada em Novembro, uma coleção de 12 temas retirados de cada um dos discos lançados pelo músico de Coimbra em 2023.
Dia 9, como «Não se passa nada às segundas», a Saliva Diva convida os bcc para o palco da Socorro.
Terça-feira (dia 10), os israelitas Orphane Land levam ao Hard Club o seu mais recente trabalho «A Heaven You May Create». Uma noite da pesada que conta ainda com actuações dos brasileiros Royal Rage, dos islandeses Ring of Gyges, dos romenos Dirty Shirt e dos finlandeses Stråle.
Na quinta-feia (dia 12), os Memória de Peixe estão de regresso e vão ao Maus Hábitos mostrar um pouco do que é o novo álbum, intitulado «III», a lançar no início de 2025. A banda lisboeta vai apresentar-se com a nova formação composta por Miguel Nicolau (guitarras, electrónica e voz), Filipe Louro (baixo, electrónica e voz) e Pedro Melo Alves (bateria, electrónica e voz). No Ferro Bar, a derradeira noite Saliva Diva no espaço da Rua da Madeira, com os Baleia Baleia Baleia, ainda na ressaca da digressão por terras brasileiras, e Chat GRP, em estreia no Porto.
Dia 13 não será, propriamente, de azar, mas haverá, pelo menos, cobras e piñatas no Barracuda: de Espanha vêm Las Jennys de Arroyoculebro e do Barreiro Conan Castro and The Moonshine Piñatas. No Maus Hábitos, o palco vai ser dos Humana Taranja, que vão apresentar o seu segundo longa-duração «Eudaemonia».
Nesta sexta-feira 13, o Hard Club recebe a edição 6 do Post Punk Strikes Back Again, com actuações de Ditz, Raskolnikov, Errorr, Máquina e Martial Arts. No dia seguinte (sábado, 14), o palco do festival que encerra a época dos festivais será dos Heartworms, Electric Litany, Belgrado, Library Card, Night In Athens e Desperate Journalist.
No domingo (dia 15), Friedberg chega ao M.Ou.Co., banda londrina de dance-punk, que Anna Friedberg formou há cinco anos com Emily Linden (guitarra), Cheryl Pinero (baixo) e Fifi Dewey (bateria).
No dia seguinte (16), os Nouvelle Vague encerram a digressão por Portugal na Casa da Música.
No dia 19, há Aspirina #010, no Maus Hábitos, desta feita com concertos dos Hetta e dos Diskrasuki.
Sexta-feira (dia 20), após alguns adiamentos, o duo Joana Gama & Luís Fernandes leva o espectáculo «Strata» ao Teatro Rivoli. A celebrar 10 anos, o duo de piano e eletrónica regressa à configuração inicial e convidou o cineasta Eduardo Brito para a criação do imaginário visual de «Strata», em colaboração com Frederico Rompante, no desenho de luz. No Barracuda, a noite será agitada com as actuações dos Cobra ao Pescoço e dos Sleep Therapy, enquanto, um pouco mais acima na Rua da Madeira, o Ferro recebe a Noite Bruta II, com concerto de Duassemicolcheiasinvertidas. Ali bem perto, no Maus Hábitos, Tipo, alter-ego de Salvador Menezes, mais conhecido como fundador e compositor dos You Can’t Win, Charlie Brown, vai apresentar o seu segundo álbum, intitulado «Vigia».
Sábado (21), dia em que começa o Inverno, o Woodstock 69 recebe a primeira edição da Noite Kabra Kadabra, com concertos de Lyzzärd e Wanderer, enquanto os Mizzura, os Bumps e os Sultura vão seguramente aquecer a coisa para os lados do Barracuda. No Auditório CCOP, o palco vai ser de Eliën, que vem dos Países Baixos apresentar o seu mais recente disco, «Roam», estando a primeira parte a cargo do português Jorge Rocha.
Passado o Natal, no dia 26, no Maus Hábitos, o palco estará entregue aos Santa Lúcida, banda que tem como figura central Alexandra Saldanha, que tão bem conhecemos dos Unsafe Space Garden.
Sexta-feira (27), há festa e blues. A celebrar 20 anos de carreira, onde conta com 11 álbuns, os Budda Power Blues apresentam-se na Casa da Música e prometem uma actuação a pssar por todos os momentos da banda ao longo destas últimas duas décadas. Já no Barracuda a música é outra… «Ultimate Mosh of the Year» é o mote, com a banda-sonora a cargo dos Holocausto Canibal, dos Horrification e dos Repugnator. E, no Maus Hábitos, apresenta-se o Ensemble Hemiptera. «RLLRLRLLRRLRLRLRLLRLRLR» é, simultaneamente, o título e a partitura para os intérpretes e uma colaboração de Julian Sartorius e do Ensemble ET|ET, que o Ensemble Hemiptera se propõe a reinterpretar. A saber: “O título representa um padrão rítmico que consiste numa sequência de 23 notas distribuídas entre as mãos direita (R) e esquerda (L), tocada continuamente pelo quarteto. O quinto elemento manipula a orquestração utilizada, por meio de adição e subtração de instrumentos, assumindo o papel de criador da narrativa sonora e estrutural da obra”.
Dia 28, o Barracuda recebe os Cassete Bipolar e os Devil Of A Woman, no dia 30 acolhe o 9º aniversário dos 47 de Fevereiro e, na Passagem de Ano há festa com actuação de Los Cudas. Aproveitem, divirtam-se e ouçam boa música, de preferência ao vivo. E cá estaremos em 2025 para dar a conhecer as propostas de concertos ao vivo na cidade do Porto.