Pop Dell'Arte. Créditos: Global News
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Os Pop Dell’Arte regressaram ao Porto, quatro meses depois da última visita, para espalharem pura magia no Ferro Bar.

Com um alinhamento muito semelhante ao do concerto de Outubro 2021, na Pasteleira, a actuação do passado dia 26 de Fevereiro teve muito mais alma e espírito pop dell’artiano. A isso (também) não é alheio o facto de serem poucas as restrições devido à pandemia, ao passo que no concerto da Pasteleira o público estava sentado e de máscara perante um palco afastado.

Pop Dell’Arte. Crédiros: Global News

No Ferro Bar, o calor humano sentiu-se e dos dois lados do palco houve empenho, entusiamo e muita energia.

Uma vez mais, foi «Em Creta», tema que abre o último álbum, que tudo começou e onde João Peste e seus pares optaram por uma «New identity», mais um tema de «Transgressio Global».

Brincadeiras à parte com os nomes dos temas, o concerto foi uma torrente de energia, muito por culpa da secção rítmica, onde Zé Pedro Moura conduz no baixo e Ricardo Martins explode na bateria. Esta é um poder imparável, que empresta às criações dos Pop Dell’Arte uma robustez e intensidade extraordinárias.

Pop Dell’Arte. Créditos: Global News

Por outro lado, a infame guitarra de Paulo Monteiro ziguezagueia frenética pela sonoridade global enriquecida pelos samples, enquanto João Peste, quase sempre de olhos fechados, mas desta feita largando sorriso sentidos, é a força motriz do que acontece em palco, apesar da aparente debilidade física. Ainda assim, as poses majestáticas, que lembram tempos de maior extravagância e performance, e a voz enchem a sala e cativam o público.

Pop Dell’Arte. Créditos: Global News

Entre mais um punhado de temas de «Transgressio Global», como «King of Europe», «El derecho de vivir en paz», «Sem nome» ou o intrinsecamente pop dell’artiano «Panoptical Architeture for empty streets in a silent city», entre outros, o concerto foi sendo polvilhado com músicas mais antigas, algumas delas verdadeiros hinos da banda.

As primeiras a serem tocadas mostraram logo ao que os Pop Dell’Arte iam… «Rio Line» e «Avanti Marinaio» contagiaram de imediato o público. Mas houve ainda «My Funny Ana Lana», «The orange kaleidoscope» e «Sprung aus den wolken», entre outras, como «Sonhos Pop» numa versão que incluiu um mix de letra com «Recordar é viver», canção popularizada por Vítor Espadinha. Coisas à João Peste e que são tão Pop Dell’Arte.

Pop Dell’Arte. Créditos: Global News

Mas o melhor estava guardado para o fim com um inebriante, extravagante e poderosíssimo «Esborre», a chave de ouro que encerrou mais um momento de pura magia servida pelos Pop Dell’Arte.

Pop Dell’Arte. Créditos: Global News
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