Arrancou em grande, no Parque da Cidade, a 12ª edição do Primavera Sound Porto com essa diva do rock que dá pelo nome de Polly Jean Harvey a deliciar a imensa plateia que vorazmente devorou cada som e cada gesto que se libertaram do palco.
O regresso há muito aguardado de PJ Harvey aos palcos portugueses deu-se no Palco Porto e não podia ter sido melhor. Por entre temas do novo álbum, «I Inside The Old Year Dying», editado em 2023, e outros da bela história discográfica que a britânica escreveu ao longo dos anos, PJ Harvey cantou, tocou e dançou, num conjunto que envolveu todos os que assistiam.
Na simplicidade do palco, e apesar do excelente jogo de luzes e das projecções no fundo do mesmo, o requinte foi dado pelo mobiliário. Sim, umas cadeiras de design fabuloso, mesas trabalhadas para os teclados e todo um espaço próprio para… drinks! Ah, tudo em madeira de excelente aspecto! Na simplicidade… o requinte.
De resto, foi uma espécie de recital rock, de temperatura amena e agitação comedida, mas de uma beleza e maviosidade incríveis.
No momento mais intimista do concerto, só em palco e de viola a tiracolo, PJ Harvey interpretou «The Desperate Kingdom Of Love», do aclamado álbum «Uh Huh Her», enquanto um sepulcral silêncio caía sobre a vasta plateia. Extraordinário!

Antes disso, Amyl & The Sniffers foram quem mais agitou as massas. Com o seu punk-rock contagiante, cada vez mais trabalhado, os autralianos conseguiram, desde cedo, agarrar o muito público que cobria o anfiteatro natural do Palco Vodafone.
Com a sua postura musical explosiva e uma Amy absolutamente agitadora e imparável, a banda criou um rebuliço impressionante, a que o público correspondeu.
Depois da boa energia emanada pelos também australianos Royel Otis, no Palco Super Bock, no que foi uma espécie de aquecimento para os compatriotas, Amy Taylor (voz), Bryce Wilson (bateria), Declan Martens (guitarra) e Gus Romer (baixo) elevaram a fasquia para quem no género se chegue à frente num qualquer palco do Primavera Sound Porto 2024.
Nota ainda para o concerto dos Blonde Redhead e para o, não anunciado, cancelamento dos Lankum, substituídos por… Maria Hein (!!!).
Houve ainda uma grande histeria em torno do concerto de SZA, com muitos e muitas sub-20 a acorrerem em massa ao Palco Porto.


















