InícioCulturaPAREDES DE COURA’25 (DIA 3): PUNK ROCK NO FEMININO TRANSFORMA COURA NUMA...

PAREDES DE COURA’25 (DIA 3): PUNK ROCK NO FEMININO TRANSFORMA COURA NUMA SELVA

Published on

Num dia mais aliviado em termos de público, o festival Vodafone Paredes de Coura teve uma terceira etapa algo estranha… Dois concertos extraordinários (Lambrini Girls e La Jungle), que, por contraponto ao palco principal, agitaram bastante o público. Por seu turno, Black Country, New Road e King Krule foram eficientes na sua arte, facto comprovado pelo silêncio (quase) sepulcral da plateia, enquanto desfiavam os seus temas de pouca intensidade rítmica.

Lambrini Grils. Créditos: Global News Portugal

Falemos então do que mais interessou na sexta-feira… As britânicas Lambrini Girls, aos primeiros acordes, incendiaram a plateia logo do Palco Bacana Play, ao ponto de, ao longo da actuação, terem transformado o espaço num pandemónio.

Lambrini Girls. Créditos: Global News Portugal

Com uma energia explosiva e contagiante, Phoebe Lunny (voz e guitarra) não para quieta e isso faz com que o público se agite ainda mais. De olhar atento, Selin Macieira-Boşgelmez (baixo), entre meneios e sorrisos, marca a pulsação da sonoridade.

Lambrini Girls. Créditos: Global News Portugal

Ritmos acelerados, guitarra esbaforida e um som cru e rude até é marca das inglesas e, por isso, o mosh foi constante e o corwdsurfing imenso, uma vez mais, com os seguranças a não terem descanso.

Lambrini Girls. Créditos: Global News Portugal

Foi uma celebração colectiva de punk rock duro e feminino que deixa marca no Couraíso.

E se com Lambrini Girls a coisa ficou quase uma selva, no mesmo palco seguiram os La Jungle e, então, a coisa ficou insana.

La Jungle. Créditos: Global News Portugal

Roxie Rookie (bateria) e Jim Frisko Binwette (guitarra, voz e samples) não deram descanso ao público, a não ser quando a meio da actuação o prato-de-choques da bateria desfaleceu, tendo de ser substituído.

La Jungle. Créditos: Global News Portugal

Ainda assim, foi a loucura, com o público em completa êxtase, enquanto Roxie imprimia um ritmo alucinante e Jim parecia sofrer choques eléctricos a cada acorde que tocava na guitarra.

La Jungle. Créditos: Global News Portugal

Foi um verdadeiro devaneio com a sonoridade “techno, kraut, transe, noise”, tal como o duo belga se auto-define e que em Coura fez as delícias de um público sequioso de agitação, mosh, crowdsurfing e alegria.

La Jungle. Créditos: Global News Portugal

Nota para a ponta final do concerto de Geordie Greep e ainda para a prestação dos ingleses Bar Italia, que ainda assim não atingiram as expectativas deste escriba.

Bar Italia. Créditos: Global News Portugal

O final de noite no Palco Vodafone foi ao som de duas diferentes sonoridades… mas ambas muito sossegadas. A primeira nota deve ir para o público que lotava o anfiteatro natural, pois demonstrou imenso respeito pela prestação dos artistas e pela música.

Falo de Black Country, New Road cuja actuação foi mais próxima de um concerto jazz do que de outra coisa. Foi de calmo a sossegado, mas o público apreciou bastante.

Black Country, New Road. Créditos: Global News Portugal

E falo ainda de King Krule, que prometeu muito nos dois temas iniciais, mas que optou por um alinhamento mais introspectivo, fazendo crescer alguma água na boca.

King Krule. Créditos: Hugo Lima

Nota muito positiva para Ignacio Salvadores, o homem do saxofone, que foi o espectáculo em palco, mas também na plateia quando andou a fazer crowdsurfing.

King Krule é um músico com M grande e tem uma voz impressionante, mas este escriba teria optado por um outro alinhamento.

Por fim, sim, por fim, Ela Minus recuperou a moral ao público com a sua proposta electrónica de dança, pois antes, no palco principal, houve a estreia, em Coura, de Mk. Gee, um concerto inexplicável. Este vosso devoto escriba não conseguiu perceber o que se passou, mas não gostou!

Hoje acaba a festa, mas ainda há muita coisa para ver e ouvir!

Ela Minus. Créditos: Global News Portugal

últimos artigos

O Elefante na Sala: um país que discute véus enquanto tapa os olhos

Portugal voltou a inflamar-se com um tema que serve de espelho à nossa decadência...

Avaliação de novas plataformas de apostas

O interesse por plataformas de apostas online está a crescer, impulsionado pela procura de...

Gaia recebe ação de sensibilização “Um dia na pele de um Sobrevivente de AVC”

No dia 25 de outubro, entre as 14h00 e as 19h00, a Praça Central...

mais artigos

O Elefante na Sala: um país que discute véus enquanto tapa os olhos

Portugal voltou a inflamar-se com um tema que serve de espelho à nossa decadência...

Avaliação de novas plataformas de apostas

O interesse por plataformas de apostas online está a crescer, impulsionado pela procura de...

Gaia recebe ação de sensibilização “Um dia na pele de um Sobrevivente de AVC”

No dia 25 de outubro, entre as 14h00 e as 19h00, a Praça Central...