Arranca esta sexta-feira, dia 26 de Maio, na Alfândega do Porto, a 5ª edição do North Festival, um dia dedicado ao «rock à moda do Porto», com os regressos de Jafumega e dos Trabalhadores do Comércio, que conta ainda com o rock ‘abluesado’ The Legendary Tigerman e que tem na electrónica dos The Chemical Brothers o principal atracção do dia inaugural.
Como grandes chamarizes desta quinta edição, o North Festival apostou ainda em Ivete Sangalo, num ano em que não há Rock in Rio, e na superestrela pop Robbie Williams.
Ao longo das cinco edições, cuja primeira ainda aconteceu em Guimarães (2017), o North Festival tem adaptado o cartaz e em 2023 cresce em área, em público e em iniciativas.

“Este ano, achámos que tínhamos de ter headliners diferentes. Em função das tours mundiais, surgiu a possibilidade de fecharmos o Robbie Williams, o que é muito bom. As pessoas queixam-se que os grandes cantores só vão a Lisboa, mas, afinal, também vêm ao Norte e ao nosso festival”, sustenta Jorge Veloso, diretor do festival, que refere o “risco” que assumiram com o segundo dia: “Depois, temos a escolha do dia brasileiro, que foi um risco, mas de sucesso, porque vai estar completamente esgotado, tal como o dia de Robbie Williams”.
Sobre as escolhas musicais, Jorge Veloso diz-se confortável com as que têm sido feitas: “De facto, é o primeiro dia que tem mais do ADN do nosso festival, mas temos que ser um festival mainstream, como sempre fomos, e queremos vender mais bilhetes, pelo que temos que fazer um cartaz que atraia as pessoas”.
Aliás, “não me incomoda nada ter um dia dedicado à música rock e electrónica, outro à música brasileira, mais animada, e outro à pop-rock de Robbie Williams, um dia que terá ainda Pedro Abrunhosa e Black Mamba e Tiago Nacarato”.
Jorge Veloso mostra-se entusiasmado, pois o festival tem crescido sustentadamente e ganho qualidade, o que faz dele um “festival boutique”.

“O festival subiu muito de patamar. Já somos o melhor festival premium dentro de uma cidade. Não acontecemos numa praia, num monte ou num sítio paradisíaco, acontecemos num centro urbano, no coração da cidade do Porto e somos únicos em Portugal. Toda a crítica que recebemos é boa, no sentido em que tanto os acessos, a restauração, a street food cuidada e as casas-de-banho é tudo muito importante e tratado com todo o cuidado. Há muita gente que já não se revia no modelo do festival que estava ultrapassado e nós somos o primeiro e único festival boutique em Portugal, ou seja, com passeios de barco, localização excelente, cuidado com decoração e animação… tudo muito cuidado”.
No arranque do North Festival’23, os passes gerais de três dias já esgotaram, havendo ainda bilhetes diários para todos os dias.
Este ano, o festival ganhou área, pois também tem a expectativa de receber muito mais gente.

“Conseguimos sensibilizar a Câmara do Porto de que, este ano, o festival subiu um patamar e havia a necessidade de aumentar o espaço, tal como houve essa necessidade de aumentar tudo o resto, nas sessões do barco, nos deejays e no sunset. Tudo sofreu um upload”, afirma, satisfeito, o homem forte do North Festival.
Agora, é esperar que o clima ajude (parece que há ameaças de chuva!), as bandas se sintam entusiasmadas e o público adira para fazer a festa.


