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Festival Internacional de Música de Espinho apresenta Al Di Meola, Angélique Kidjo, Joshua Redman, Makaya McCraven e Pedro Burmester

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A 51.ª edição do Festival Internacional de Música de Espinho (FIME) realiza-se de 8 de junho a 19 de julho, com 14 espetáculos, na sua maioria em estreia nacional. Pelo FIME passarão Al Di Meola, Angélique Kidjo com a Orquestra Clássica de Espinho, Joshua Redman com a Orquestra de Jazz de Espinho, Martin Frost, Amandine Beyer, Leticia Moreno, Lea Desandre e Thomas Dunford, Makaya McCraven, Dave Holland e Chris Potter, Pedro Burmester em trio, entre outros.

Com propostas para todas as idades, o FIME terá como palco principal o Auditório de Espinho, com exceção do espetáculo de encerramento que terá lugar na Praça Dr. José de Oliveira Salvador (em frente a Câmara Municipal de Espinho).

“Na 51.ª edição do FIME apresentámos uma programação eclética, dirigida a públicos diversificados. Grandes nomes da cena nacional e internacional que cruzam domínios musicais com vista a proporcionar experiências ímpares, numa dinâmica muito singular. Ao longo de mais de um mês de concertos e atividades, o FIME 2025 reforça a aposta na qualidade, na diversidade e na proximidade com o público, mantendo-se como referência incontornável no panorama dos festivais de música da especialidade em Portugal”, afirma Alexandre Santos, coordenador de programação do FIME.

A pré-abertura do FIME 2025, dia 8, é dedicada às famílias com um concerto dedicado ao jazz, pela Orquestra Clássica de Espinho e o FIMEnsemble, com direção de Cesário Costa e representação de Pedro Almendra. “Uma viagem pelo jazz”, de Gunther Schuller – obra que narra o percurso de um jovem pela música, juntando um quinteto de jazz a uma orquestra sinfónica – é um convite para entrar no mundo dos sons. Será também interpretada “Quem fanou os tempos fortes?”, de Jorge Prendas (música) e Mário Alves (texto), obra estreada no FIME de 2017.

A abertura oficial do festival acontece no Dia da Cidade de Espinho, 16, com a estreia de Joshua Redman & Orquestra de Jazz de Espinho, sob direção de Eduardo Cardinho e Paulo Perfeito. O saxofonista tenor norte-americano – que conta com mais de 10 nomeações aos Grammys e tem mais de 15 álbuns editados em nome próprio, além das inúmeras participações em discos de outros músicos e com o Joshua Redman Quartet – regressa a Portugal antes da edição do seu segundo álbum pela Blue Note, “Words Fall Short”, previsto para junho.

A estreia do novo projeto de Al Di Meola, uma das maiores referências da guitarra das últimas décadas, acontece dia 21: a versão acústica do álbum “Twentyfour”, uma experiência intimista feita durante o confinamento que se materializou num cruzamento de linguagens.

Dia 22, para os mais novos, o sexteto de sopros dos Países Baixos Coloquio 6
 interpreta “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart, uma obra fundamental do Classicismo Vienense que  transmite os ideais da época através do canto.

No mesmo dia, o coletivo de jovens ars ad hoc convida para um recital de música de câmara. Do pioneirismo de Claude Debussy, em “Prélude à l’après midi d’un faune”, à homenagem de Tristan Murail ao seu professor Olivier Messiaen, em “Stalag VIIIA”, o FIME propõe uma viagem que contrapõe os primeiros modernismos às inovações espectralistas.

A Camerata OCE, o clarinete Martin Frost e o violinista e diretor musical Daniel Rowland atuam dia 27 de junho, e apresentam a música dos povos nómadas da Hungria e da tradição romena, passando pela música popular dos judeus da Europa Central.

Lea Desandre & Thomas Dunford presentam, dia 28, um recital com a canção francesa de amor marcou o século XX. Três séculos de canções de amor em francês, da opulenta corte de Luís XIV à música popular do século XX. No álbum “Idylle” apresentam expressões do Barroco intimista que se misturam com o entretenimento oitocentista e desembocam na música de Barbara e Françoise Hardy.

O agrupamento espanhol Anacronía, constituído por jovens músicos, apresenta, dia 29, um programa aliciante com obras de três membros da família Bach. A expressividade barroca dos afetos norteia a música de Johann Sebastian Bach, que contrasta com a música de câmara de Carl Philipp Emanuel Bach e de Johann Christian Bach.

Julho arranca, dia 4, com Pedro Burmester (piano), Pedro Meireles (violino) e Filipe Quaresma (violoncelo) que vão interpretar dois trios de Franz Schubert, obras profundamente imbuídas dos novos sons que lançaram o Romantismo instrumental.

O FIME continua dia 6 com a Orquestra da Academia Barroca de Ambronay e o violinista Amandine Beyer. Um mostruário da escola violinística do Barroco italiano centrado em Veneza e no estilo de Vivaldi que irradiou para a Europa germânica.

Dia 11 atua o baterista, compositor e produtor norte-americano Makaya McCraven que tanto tem contribuído para renovar o jazz cruzando abordagens e esbatendo as fronteiras com a música tradicional e o pop-rock.

O recital Leticia Moreno & ‘friends’ estreia-se em Portugal, dia 12, conectando os dois lados do Atlântico, do Barroco aos nossos dias. Do contraponto e da austeridade barrocas de Johann Sebastian Bach à releitura da obra do mestre de Leizpig pelo brasileiro Villa-Lobos, a Astor Piazzolla, um percurso fascinante por geografias particulares.

O quarteto Kismet, que junta Dave Holland (contrabaixo), Chris Potter (saxofone), Kevin Eubanks (guitarra) e Obed Calvaire (bateria), apresenta-se pela primeira vez na Europa e estreia-se em Portugal, dia 13 de julho, no FIME. Uma viagem exploratória pelos territórios não cartografados da improvisação, sofisticação, balanço e espontaneidade entre virtuosos.

O encerramento da 51.ª edição do FIME está marcado para 19 de julho, na Praça Dr. José de Oliveira Salvador, com o encontro inédito de Angélique Kidjo & Orquestra Clássica de Espinho no projeto “African Symphony”. Referência da música africana, a cantora-compositora beninense vai apresentar um espetáculo sinfónico que encadeia canções africanas emblemáticas numa rapsódia com arranjos de Derrick Hodge.

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