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Festival de Sines começa sábado em Porto Covo

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É em Porto Covo que começa, já no próximo sábado (dia 22), a 23.ª edição do FMM Sines – Festival Músicas do Mundo, que este ano vai receber 42 concertos de músicos oriundos de quatro continentes. O grosso do festival decorre no Castelo de Sines, a partir de dia 26 de julho, e o warm-up em Porto Covo conta com uma variedade de espetáculos que ajudam a explicar a atribuição ao FMM do prémio de Melhor Programa Cultural nos últimos Iberian Festival Awards.

Logo no primeiro dia, atua a vencedora do Grammy Latino de Artista Revelação de 2022, Silvana Estrada, que, aos 26 anos, é considerada pela organização do festival “uma das mais interessantes artistas do México”, trazendo na bagagem o seu álbum de 2022, “Marchita”. Antes, a noite é inaugurada pelos Expresso Transatlântico, banda portuguesa de Gaspar Varela (guitarra portuguesa), Sebastião Varela (guitarra elétrica) e Rafael Matos (bateria), nascida entre os dois lados do oceano que lhes dá nome, sob a influência de ritmos populares de Portugal, Brasil e África a desafiar os trinados da guitarra. Atravessando o oceano, para fechar a primeira noite do festival de Sines chega Eneida Marta, embaixadora da UNICEF para a Guiné-Bissau, de onde lança a sua música das tradições locais para todo o mundo, incluindo na afamada Putumayo. Em Sines, este será um ano com forte representação por parte da Guiné-Bissau, já que, além de Eneida Marta, duas bandas históricas marcarão presença: os Tabanka Djaz e os Super Mama Djombo.

O segundo dia continua transatlântico. La Chica, grupo de Sophie Fustec – filha de pai francês e mãe venezuelana –, é uma esponja de influências várias que liberta em sons de pop eletrónica misturados com ritmos latino-americanos e caribenhos. Também radicado em França, mas trazendo às costas tradições outras, Lass traz a Porto Covo o seu álbum de estreia, o dançável “Bumayé”. Neste dia, as atenções estarão, contudo, concentradas na banda Leenalchi, composta por sul-coreanos que recuperam melodias de sonoridade new wave para poder expandir o pansori, uma forma tradicional de contar/cantar histórias com voz e percussão, reconhecida como património imaterial da UNESCO, reformulado, aqui, por sete jovens músicos, alguns dos quais formados no Departamento de Música Tradicional da Universidade Nacional de Seul.

Chico César. créditos: Ana Lefaux

A terceira e última noite do Festival de Sines em Porto Covo será, decerto, marcada pelo concerto de Chico César. Há quatro anos, quando se estreou no FMM, no Palco do Castelo, o brasileiro deu um dos espetáculos mais marcantes dessa edição — e regressa, agora, com o disco “Vestido de Amor”. Vinda de outras atmosferas, mas com idêntico apego às raízes e semelhantes preocupações com o meio ambiente, a noite começará com Mari Kalkun. A estoniana cruza a inspiração musical trazida dos campos gelados e das florestas secretas com as letras que, em Võru (uma das línguas mais velhas do mundo, falada no sul do país), relatam os problemas ambientais do presente e as deportações soviéticas do passado. A terminar a noite, uma banda que vem da Occitânia e de outros tempos. Os Brama, com o seu kautrock pintado de diversos instrumentos e ambientes de épocas passadas, vão transmitir a sua energia contagiante ao som da sanfona, da guitarra e da bateria.

Nesta edição, estarão representados músicos de 27 países. Das Américas chegam nomes como Chico César, mas também Céu e Gilsons, bem como a consagrada Lila Downs, que chega finalmente a Sines. O contingente africano é significativo, com os Tinariwen, Nneka, Rokia Koné, Os Tubarões e África Negra à cabeça, entre vários outros (num total de 15 concertos). Do Levante vêm Rodrigo Cuevas, Bedouin Burger, os Al-Qasar e os Bab L’Bluz. Em casa, jogam Maria João & Carlos Bica Quarteto, que concretizam em Sines, finalmente, o encontro adiado pela pandemia, Tó Trips Trio, A garota não, Rita Vian e Rita Braga.

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