Aquando do anúncio do regresso dos Lobster aos palcos e ao Porto, o entusiasmo cresceu, naturalmente, entre os muitos que ainda guardam na memória actuações explosivas e incandescentes protagonizadas pelo power duo lisboeta na segunda metade da primeira década deste século.

Está lá tudo ainda… Os rapazes estão mais maduros, mas não perderam energia pelo caminho, nem mesmo pela ausência. Aquele pulsar incansável da bateria de Ricardo Martins e os tresloucados riffs da guitarra de Guilherme Canhão continuam lá e a levar o público a outro patamar.

Rock explosivo, sublimado com noise e malhas avassaladoras e alimentado por uma batida furiosa e disruptiva, melodiosa q.b. e altamente impactante. É impossível ficar indiferente…

O regresso aos palcos não soou apenas ao passado, com novos temas a serem tocados para o público que encheu o Understage do Teatro Rivoli, no passado dia 21 de Fevereiro. Com álbum novo na forja, este regresso dos Lobster aconteceu num espaço que faz inteiramente jus à história e ao som da banda.

Intimista quanto a rock desenfreado do duo permite, o concerto manteve a plateia em brasas, tendo o público lamentado apenas a sua (curta) duração e… a inexistência de bar. Algo a rever!

Aguardemos, agora, pela edição do novo material em disco e pela respectiva digressão.
