
Depois de um interregno de três anos, finalmente a espera acabou. O MEO Marés Vivas volta a ser uma realidade e desta vez num outro local, mais precisamente no antigo Parque de Campismo da Madalena. Este espaço é bem maior, com maior capacidade, onde se anda bem mais à vontade.
O primeiro dia, sexta-feira, prometia e não enganou. A noite fechou com um Bryan Adams a corresponder às expectativas, uns James repetentes mas a atrair também muito público e um Miguel Araújo, também ele repetente mas a corresponder e a dar início a uma enchente de público sedento de voltar a vibrar em Vila Nova de Gaia.
Comecemos pelo fim, à hora que Bryan Adams subia ao palco com 20 minutos de atraso, o recinto estava praticamente cheio. Falou várias vezes em português, comunicou bastante com o público e arrancou a sua atuação com o novo tema ‘Kick Ass’ (faz parte do mais recente álbum “So Happy It Hurts”), para logo a seguir tocar ‘Can’t Stop This Thing We Started’ e viajar a 1991. Ainda teve tempo de se apresentar, “Olá Portugal. O meu nome é Bryan. Sou o vosso cantor esta noite” e lá foi revisitando os seus grandes temas com uma energia do tamanho do Marés Vivas.
As 30 mil almas que assistiam ao concerto ouviram mais palavras em português do cantor canadiano. Com o desenrolar do concerto, foram nascendo muitos smartphones no meio do público para registarem o melhor possível um grande concerto. “Heaven”, “It’s Only Love” e “I’ve Been Looking for You” foram alguns dos temas apresentados, para além de outros como “Summer of 69” que não podia faltar. Com um encore de quatro músicas, Bryan Adams terminou com “beijinhos”.

Mas não foi apenas Bryan Adams o trunfo da noite. Antes do cantor canadiano começar, subiram ao palco os “nossos” James. Sim, “nossos” porque já fazem parte da família. Apesar de serem repetentes, conseguem sempre atrair multidões e surpreenderem as 30 mil pessoas que já estavam no Marés Vivas àquela hora.
Durante hora e meia fizeram o que tão bem sabem, cantar, encantar e Tim Booth, o vocalista, voltou a estar no meio da multidão várias vezes. E deu para tudo, até para um “Olá Porto”, mas que Saul Davies rapidamente corrigiu e disse “Não é Porto, é Vila Nova de Gaia”.

O primeiro dia do festival começava com um numeroso público quando Miguel Araújo entrou “em campo”. Sempre descontraído e bem disposto, também repetente no Marés Vivas, mas isso não interessa nada. Porque é um “gajo” porreiro, toca bem apresentando músicas como “O Pica do 7”, “Recantiga” e “Dona Laura”. Se o iremos voltar a ver nesta grande maré? É quase certo!

Máximo Park e The K’s também alinharam no palco principal, dando início aos concertos do dia, para além dos outros quatro palcos espalhados pelo recinto.