Não foi uma excitação, bem longe disso, foi mais uma oscitação, ou seja, um bocejo.
Esta é a única forma que este vosso devoto escriba encontra para caracterizar o concerto de Bill Callahan, na Casa da Música, no passado dia 11 de Julho: um bocejo.
Não sendo fã, nem tampouco especial apreciador da música do norte-americano, admiro-lhe a voz e as líricas, mas a monotonia que tomou conta do concerto tornou-o… um bocejo!

E foi também um bocejo carregado de falta de empatia. Sozinho no magnânimo palco da Sala Suggia, Bill Callahan, acompanhado por uma guitarra, um prato de choques e um bombo (em forma de pedal), dirigiu-se uma única vez ao público, sensivelmente, a meio da actuação, nem se quer se despedindo de um público ávido e que encheu a plateia. Um bocejo…

Não é que a música de Bill Callahan seja uma excitação, não, nem é suposto, mas, apesar da qualidade das composições e da voz do artista, foi pouco, foi uma oscitação. Para ser assim, mais vale ficar em casa no sofá a ouvir o disco no conforto do lar. Aliás, foram alguns os abandonos, provavelmente, para o conforto do lar!
Bem, assim, é um bocejo!…