Abril, concertos mil. Bem se pode dizer da actividade rock na cidade do Porto em Abril, pois desde míticos regressos como os dos The Mission e Tangerine Dream ou ainda de Boy Harsher, há muita coisa a estrear na Invicta que vale a pena espreitar: Pink Turns Blue, The Darts ou ainda The Slow Readers Club.
Já no dia 1, o Hard Club recebe, na sala 2, os alemães Pink Turns Blue e, na sala 1, o black metal catárctico dos sempre enigmáticos Gaerea, que terão na primeira parte os Okkultist.

Pelo palco do M.Ou.Co. passa o inglês Matt Elliott, enquanto no Barracuda – Clube de Roque há um menu variado, com Estrikinina, Pé de Lagarto, F.O.M.O. e Pester & Dishuman.
Já o Maus Hábitos celebra 22 anos de vida e, dentre o variado programa de festas, há concerto com Franck Vigroux e a sua «french électronique».
No domingo (dia 2), a partir das 18h00, no Novo Ático, no Coliseu do Porto, Tomara, o novo projecto de Filipe C. Monteiro, apresenta o seu novo álbum «Avalanche».
Dia 4 (terça-feira), a pronúncia será castelhana no Barracuda, com a actuação dos «nuestros hermanos» Cariño Muerto e Doctrina, que no dia seguinte (5) acolhe os Kussondulola.
Os Sunflowers e ainda os O Triunfo dos Acéfalos sobem ao palco do Maus Hábitos na quarta-feira (dia 6).

Já com os vapores da Páscoa no ar, a sexta-feira (dia 7) será santa no Woodstock 69 com as cerimónias litúrgicas a cargo dos noviços Bad Trip. No Barracuda a santidade fica a cargo de Gary Yamamoto e Saci Pererê. Bem vistas as coisas, só falta o Espírito Santo!
Abril no Porto é um mês em que o rock progressivo regressa em força. Já no dia 8, na sala Suggia, da Casa da Música, José Cid & Octeto, com Orquestra do Norte, sobe ao palco para um concerto centrado no álbum «10.000 anos depois entre Vénus e Marte», um ícone daquela vertente do rock.

No dia 26, no mesmo local, é a vez dos lendários Tangerine Dream apresentarem «Raum», o segundo disco de estúdio da banda desde a morte do fundador Edgar Froese.
A 50 quilómetros da Invicta, em Guimarães, de 12 a 15, o Centro Cultural Vila Flor recebe mais uma edição do Westway Lab, por onde passarão, entre outros músicos e bandas, Linda Martini, B Fachada, Ana Lua Caiano, Nacho Vegas, Rita Vian e Criatura.
No dia 13, o Hard Rock Café acolhe, o ex-baixista dos Queens Of Stone Age e Kyuss, Nick Oliveri, para uma noite de rock desenfreado e guitarras tresloucadas.

Sexta-feira, dia 14, para além das bandas concorrentes, o Festival Termómetro tem como banda convidada Cave Story, com a entrada na Biblioteca Almeida Garrett a ter… custo zero!
Ainda nessa noite, no Barracuda há Acid Acid e Cavernancia, enquanto no Hard Club o palco é dos 1000Mods.
E, eis que chega a hora do punk! G.B.H., acompanhados dos Bladders, Grito e Crab Monsters, vão agitar a sala 2 do Hard Club, enquanto a sala 1 estará entregue à electrónica de Mezerg.
No dia 15, a Garagem Central, sita na Rua da Alegria, para além de muitas motas, vai acolher um concerto dos portuenses Bulha.
De notar, que neste mesmo dia, o norte-americano Bill Callahan leva as suas composições até ao Theatro Circo, em Braga.

Na quinta-feira, dia 20, os Gator, The Alligator apresentam o seu novo álbum, intitulado «Laminar Flow», um disco que tem muito para dar a quem o ouve. Ao vivo deve ser um rebuliço pegado! Já no Hard Club o palco é de Callum Scott.
Depois de um adiamento forçado, dia 22, há Xutos & Pontapés no Coliseu do Porto, para tocarem o mítico «Circo de Feras».
Com o advento das celebrações da liberdade, chega também, no dia 23, mais uma edição da «Taça Salgueiro Maia», evento com selo do Woodstock, que este ano recebe as actuações dos 47 de Fevereiro, Ghost of Port Royal e Era Uma Vez Um Tímparo.

Na segunda-feira, véspera de feriado, o Barracuda recebe o rock das norte-americanas The Darts, para no dia em que se celebram 49 anos da Revolução dos Cravos (dia 25) abrir portas a uma matiné hardcore, com Push!, Take Back e Borf.
Há noite, no Ferro Bar, actuam os californianos Dead Myth, enquanto, no Hard Club, há electrónica da boa, dark e dançável, da dupla norte-americana Boy Harsher. A vocalista Jae Matthews e o produtor Augustus Muller já deslumbraram na última edição de Paredes de Coura, pelo para este concerto, em termos de expectativas, o céu é o limite!
Celebrada a liberdade, no dia 27, o Maus Hábitos apresenta os alemães Noxe e o seu cocktail à base do punk, garagem e surf-rock, estando a primeira parte a cargo dos lisboetas Sharp Knives.
Com a primeira data (dia 28) já esgotada, no dia 29 o Auditório CCOP recebe uma segunda noite a melancolia melódica de Jay-Jay Johanson.

Ainda assim, a oferta no dia 28 é vasta e vai desde The Twist Connection, no Barracuda, a Birds Are Indie, que trazem o novo álbum «Ones & Zeros» ao Maus Hábitos, passando ainda pela primeira de duas noites com os The Mission, no Hard Club. A dose repete no dia seguinte, dois concertos, inicialmente, agendados para Março de 2020, mas que a pandemia de Covid 19 cancelou… na véspera! Já no Ferro Bar, o palco é dos Kings Of The Beach e, ainda, dos Jepards, uma banda a ter em atenção.
No dia 29, os britânicos The Slow Readers Club actuam no M.Ou.Co., enquanto a cantautora sueca Alice Boman leva a serenidade melódica das suas composições até ao Hard Club.
A fechar o mês, há Vaneno, All Kingdoms Fall e Thörne, no Barracuda, ao passo que, na Casa do Salgueiros, há «Ruídos do Maio», com concertos de Harry May (Galiza), Grito, The Faqs e Mizzura. Dizem que é “A classe operária a berrar e a dançar”!

Ao longo de todo o mês de Abril, a editora, promotora e agência Saliva Diva apresenta o GentriFest, que, dos dias 1 a 29, leva até ao Quarto escuro, nome dado à sua sala de ensaio/estúdio, os diversos artistas que por ali passram e desenvolveram as suas criações, para além de as terem registado. Gentrificada da sua casa, a Saliva Diva já não chora e quer despedir-se em festa. Concertos para 20 pessoas, pelo que vejam toda a informação. Tudo começa com Kurtis Klaus Ensemble, no primeiro dia do mês, e termina com Daniel Catarino, no dia 29.