No dia seguinte a saber-se que os inquilinos do CC Stop vão ter mais uns dias para tentar resolver o impasse em que se encontram, ou seja, com o despejo em cima da cabeça, centenas de pessoas voltaram a juntar-se durante a tarde de hoje junto aos Paços do Concelho do Porto, reclamando uma solução para o caldeirão cultural que o antigo centro comercial da Rua do Heroísmo é para a cidade.
Concentrados ruidosamente em frente à Câmara Municipal do Porto, os músicos, amigos e simpatizantes da causa, ao final da tarde, marcharam por algumas ruas da Baixa da Invicta até ao local que até agora lhes tem servido de local de trabalho e de criatividade ao longo de mais de duas décadas.
A grande maioria dos músicos tem andado a retirar instrumentos e demais material que lhes permite fazer e tocar a música que criam, pois a solução em cima da mesa para que não haja despejo e o encerramento do espaço é a realização obras para adequar o espaço às exigências de segurança, o que não se vislumbra. Ora, na esmagadora maioria, os músicos são inquilinos, as obras têm de ser suportadas pelos senhorios e, parece, que não há grande vontade de investir.
Na concentração e na marcha, os manifestantes lançaram diversas palavras de ordem, em especial «O Stop é nosso e há-de ser, O Stop é nosso até morrer!», um mote que espelha bem um futuro que está cada vez mais próximo!
Fotos de Pedro Vasco Oliveira

