O mês de Fevereiro, no que a concertos diz respeito, começa em força na cidade do Porto, pois, logo no primeiro fim-de-semana, recebe a estreia mundial de Wolf Manhattan e a estreia em palcos nacionais dos norte-americanos Black Flag. É logo à bruta!
Assim sendo, vejamos, então, o que nos reservam as salas da Invicta no segundo mês do ano, numa altura em que se assinala o regresso aos concertos ao vivo no Woodstock 69 e a abertura de um novo espaço na cidade, que dentro em breve abrirá as portas para mais um espaço para actuações ao vivo, que é a livraria e lojas de discos Socorro.
O segundo mês do ano começa, já na sexta-feira (dia 3), com a estreia mundial de Wolf Manhattan, com uma actuação no Auditório CCOP, que podem ficar a saber o que esperar aqui mesmo, pela voz do próprio João Vieira, músico dos X-Wife e White Haus e ainda (bem) conhecido como Dj Kitten.
Nesse mesmo dia, para quem gosta de sonoridades mais agrestes tem no Barracuda – Clube de Roque a opção de ver e ouvir os Bastardos do Cardeal e os Kazan.
No dia seguinte (4), o Plano B recebe Tiago Vilhena e Bruno Seda, enquanto os Lush Gardens e os Half a Blues sobem ao palco da Casa do Salgueiros.
Domingo pára tudo, porque há Black Flag, e ainda Total Chaos, no Hard Club. É a primeira vez que a banda punk californiana toca em Portugal, apesar da longa e antiga história. Oportunidade única para os amantes do punk à moda antiga!
No dia 9, quinta-feira, o Ferro Bar acolhe o concerto dos belgas The WRS, um power trio de garage/psyché, como os próprios se definem.
Sexta-feira (dia 10) a coisa complica, porque as propostas são várias e todas elas muito interessantes. No Maus Hábitos, há System Exclusive, uma dupla da Califórnia que vem até à Invicta apresentar o seu disco de estreia, o epónimo «System Exclusive». Mini-synths pulsantes com sabor a pós-punk…
Ali ao lado, na Rua da Madeira, os franceses Occult Hand Order levam o seu stoner até ao Barracuda, passando também pelo palco os portuenses Redemptus.
Um pouco mais acima, no Ferro Bar a ação fica por conta dos espanhóis Perrito Caliente, com o seu garage punk criado em Léon e que lançaram em disco epónimo em Novembro de 2022. A nuestros hermanos junta-se o colectivo do Barreiro Conan Castro & The Moonshine Piñatas.
Ora bem, no sábado (dia 11), a cidade não dá tréguas e a oferta mantém elevado nível de qualidade. Senão vejamos:
No Hard Club, os Linda Martini assinalam duas décadas de grande som com «Merda & Ouro», no qual celebram ainda o regresso ao formato quarteto, com a integração dum Filho da Mãe que toca que se farta! Os concertos dos autores de «Olhos de Mongol» são normalmente intensos e sempre especiais!
No Auditório CCOP, os Youth Sector estreiam-se em terras lusas e trazem na bagagem um art rock feito em Brighton, que combina “bips com boops”.
No Barracuda, o power duo «tuga» Pink Pussycats From Hell promete agitar a baixa portuense, com o seu rock bem batido e guitarrado!
Já no dia 14, enquanto o Coliseu do Porto Ageas recebe o mestre Jorge Palma e seus convidados, pelo Hard Club a coisa vai ficar pesada. Os suecos Soilwork vêm apresentar o seu 12º álbum de estúdio, «Övergivenheten», e terão antes deles em palco os canadianos Kataklysm.
Quinta-feira (dia 16), há Metamito no Maus Hábitos. Metamito é António Miguel, um multi-instrumentista e produtor lisboeta que vagueia por paisagens sonoras entre a dream pop e o psych folk. Dizem que é música para “despertar do sono”.
No dia seguinte, é Fred que sobe ao palco do Maus Hábitos, enquanto ao do Barracuda subirão os Junkbreed, uma banda recente, mas recheada de músicos experientes, que prometem rock, punk e post-hardcore, sendo acompanhados na noite pelos Oceans of Apathy.
Dia 17 marca ainda o arranque, em Guimarães, do Courage Club, festival que este ano se mudou de Paredes de Coura e que, nos dois dias de ação (17 e 18), leva até à cidade-berço bandas como Interpol, MadMadMad, Wu-Lu, Anna Prior, Water From Your Eyes, Gobi Bear e o «tuga» Xinobi, entre muitos outros.
No dia 20, o Ferro Bar recebe os Holy Nothing, enquanto pelo palco do Barracuda passam os Electric Temple.
Três dias depois (23), os Alina, projecto português de rock alternativo enraizado no pós-punk e no pós-rock que dá voz à poetisa Maria Ana Guimarães (aka Alina Leão), passam pelo Maus Hábitos.
Na sexta-feira (dia 24), a cantora e compositora canadiana Michelle Gurevich actua no Hard Club, um concerto já esgotado, ao passo que, o Subpalco do Teatro Rivoli estará por conta de Rodrigo Amado.
No dia seguinte (25), o Barracuda acolhe uma noite de hardcore, com Viciously Hateful, Take Back, Borf, Unexist.exe, Death Posture e Gekiga Warlord.
Junto à foz do rio Ave, os amantes dos blues podem desfrutar, entre os dias 23 e 26, de mais uma edição, a sétima, do Villa Sessions – Vila do Conde Blues Festival, que toma conta do Teatro Municipal e por onde passarão Baba Sissoko & Mediterranean Blues, Dom Martin, Hoodoo Doctor & The Kazoompet Machine, Gráinne Duffy, Muddy What?, Fede Aguado & Danny Del Toro e Little Hands Blues Band.
A fechar o mês, no dia 27, o destaque vai para a estreia a solo em Portugal de Ville Valo, o icónico líder dos finlandeses HIM, que no Hard Club apresentará o seu primeiro álbum a solo, «Neon Noir».
Há muito para ver e ouvir no Porto no mês de Fevereiro, estejam atentos e façam boas escolhas.