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Primavera Sound Porto cresce em área e chega-se para mais perto do mar

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Está aí mais uma edição do Primavera Sound Porto, que traz grandes alterações na geografia do festival, agora mais próximo do mar, e uma “aposta fortíssima” no cartaz, ou não fosse esta a 10ª edição do festival que, mais uma vez, toma conta do Parque da Cidade, entre os dias 7 e 10 de junho.

“Na edição 2023 há um crescimento do festival em área que ocupa. Crescemos cerca de cinco hectares em relação à edição de 2022 e há uma deslocalização dos palcos. O palco principal, agora denominado Palco Porto, passa para uma nova zona, contígua ao Queimódromo, uma zona com relva natural e que está preparada para receber 60 mil pessoas. Depois, com as obras que a Câmara fez de remate poente do Parque da Cidade, criou um novo anfiteatro natural onde está o, agora chamado, Palco Plenitude, que já foi Palco ATP e foi Palco Binance em 2022”, refere, ao GLOBALNEWS, José Barreiro, director do Primavera Sound Porto, acrescentando que “estas alterações permitem uma melhor fluidez de público e um crescimento em áreas de serviços, como casas de banho ou bares”, ou seja: “Tudo aquilo que, no ano passado, concluímos que tinha chegado ao limite com as 35, 37 mil pessoas por dia. Havia que inovar e fizemos as alterações necessárias para que o festival continue a ser o mais confortável do país e permita, ao mesmo tempo, planeá-lo para as quatro, cinco próximas edições”.

Assim, o festival deslocaliza-se para a zona poente do Parque da Cidade, abandonando a área nascente, onde o limite está agora junto ao Palco Super Bock, que tem agora ao lado o Palco Vodafone, até aqui o palco principal e que agora passou a palco 2.

Regista-se, de facto, um aumento da área que o festival ocupa, mas, no caso do palco principal, perde-se o anfiteatro natural, sendo agora a plateia quase plana, enquanto no, agora, Palco Plenitude ganha-se um anfiteatro natural, mas perde-se a magia da clareira na zona nascente onde antes estava o Palco ATP.

“Apesar de os cálculos apontarem para uma capacidade entre as 55 mil e as 60 mil pessoas, vamos crescer passo a passo e este ano ainda não temos essa lotação. Estamos a fazer o festival para 40/45 mil pessoas e penso que vamos andar pelas 40 mil”, explica José Barreiro, aflorando as razões para esta decisão: “Nós gostamos de experimentar primeiro e só depois tomar decisões mais definitivas. Foi assim até hoje, o festival tem 10 anos, começámos com uma lotação de 20 mil, uma década depois já tinha 35 mil. E queremos continuar a crescer, mas com os pés assentes na terra, sem provocar grandes variações de ano para ano e sem primeiro experimentar soluções para o melhor usufruto do Parque, dos concertos e da qualidade do produto festival que queremos apresentar às pessoas”.

A edição 2023 é, segundo José Barreiro, “o maior investimento de sempre”, considerando o “cartaz fortíssimo”.

“Vêm de novo a Rosalía e o Kendrick Lamar, mas em momentos muito diferentes das carreiras. Atualmente, são artistas de massas, mas também é isso que gostamos de fazer, lançar artista que depois fazem caminho, mas continuar a acompanhá-los, trazendo-os de novo, obviamente, a pagar-lhes mais. E não esquecer Blur, New Order, Fred Again ou Pet Shop Boys e tantos outros”, lembra o director do festival.

Sobre o cartaz, é um facto que é forte e tem muita variedade e… coisas boas para ver e ouvir. Coisas como Allison Goldfrapp, The Comet Is Coming, Surf Curse, The Murder Capital, Alvvays, Japanese Breakfast, Gilla Band, Bad Religion, Wednesday, Built to Spill, St. Vincent, Darkside, Unsafe Space Garden, Yard Act, Sparks, Nation of Language, Off! e Unwound, entre muitas outras que passarão pelos cinco palcos do festival (acresce aos quatro já referido o Palco Bits, dedicado à música de dança).

Na 10ª edição, o Primavera Sound luso perdeu o patrocinador no nome. Ainda assim, a organização congregou um cartaz de grande qualidade.

“É um grande esforço da nossa parte, queremos que, cada vez mais, o festival seja independente e não prevemos que haja naming sponsor nos próximos anos, porque queremos consolidar o festival com a marca Porto. A Câmara atendeu às nossas solicitações e acompanhou a perda do naming sponsor, mas estamos sempre abertos a crescer o festival, porque precisamos de patrocinadores e já temos alguns novos. Para o festival crescer é necessário que haja investimento privado, sabendo-se que arranjá-lo para o Porto não é tão fácil como para outras zonas do país!”, lamenta José Barreiro.

São 10 edições, que balanço?

“O balanço é muito positivo, é um festival que cresce e amadurece todos os anos e já faz parte do mindset de todos os melómanos portugueses. Em 10 anos conseguimos afirmar completamente o festival. Depois, há o crescimento assinalável do público. Em 2012 tivemos 20 mil pessoas, agora estamos a trabalhar para o dobro. Acompanhámos o crescimento turístico da cidade, que também tem mais oferta turística do que em 2012. A cidade começou a devolver ao festival o que o festival lhe deu, que foi mundo, deu abertura à cidade. 10 anos de balanço é muito positivo. Apesar da crise e dos muitos receios, a aposta artística é muito forte e resolvemos dar um passo em frente. Os próximos anos dir-nos-ão se continuamos em frente ou temos que dar um passo atrás”. É sob ameaça de chuva que esta quarta-feira começa a 10ª edição do Primavera Sound Porto, mas adaptando uma frase dita nas casernas: “Chuva civil não molha melómano”.
Consulte todo o cartaz 2023.

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