Entra Novembro e é logo com Todos os Santos que arranca! No entanto, os palcos da cidade do Porto terão seres bem terrenos e a praticar sonoridades muito traquinas. É o que a plebe chama de rock, senhor, rock! Do muito que há para ver e ouvir ao longo do mês, ficam algumas sugestões para que cada um possa ter o privilégio de fazer a(s) escolha(s) certa(s).
Logo a abrir as hostilidades, no dia dos finados (2), os lisboetas Hércules passam pelo Maus Hábitos.
Já na sexta-feira (dia 3), o quarto andar mais famoso da Rua de Passos Manuel recebe os conimbricenses The Twist Connection, enquanto os espanhóis Catastroxico vão ao Barracuda – Clube de Roque.
No sábado (dia 4), a Socorro Record Store dá palco aos Silly Boy Blue, para no dia seguinte (5) acolher uma matiné com Spitgod, Dead Club e Idle Hand, a partir das 17h00.
No dia 8, o Hard Club recebe o concerto Division starring Unsafe Space Garden, enquanto o belga Elias (Devoldere) apresenta o seu álbum de estreia «Bloomed/Exploded», num espectáculo no Auditório CCOP que contará ainda com os Suwi. Integrado no Misty Fest, Rodrigo Leão, acompanhado pela filha, e Tó Trips, em versão trio, actuam na Casa da Música.
No dia seguinte (9), os Processo of Guilt sobem ao palco do Maus Hábitos para apresentarem o álbum «Slaves Beneath The Sun».
Sexta-feira (dia 10) há muito por onde escolher. No Barracuda, a Cvlto Shovvs apresenta os dinamarqueses Visions of War e os portugueses Simbiose e Dokuga, enquanto pela Casa da Música estará Kaki King, a primeira mulher nomeada como «Guitar God» pela revista Rolling Stone.
Já no Understage, do Teatro Rivoli, apresenta-se Velho Homem, projeto recente de Afonso Dorido (Homem em Catarse, indignu) e Francisco Silva (Old Jerusalem, The June Carriers), que resulta de uma residência artística na sala Estúdio Perpétuo durante a pandemia. A primeira apresentação ao vivo de Velho Homem assinala, ainda, o 17.º aniversário da promotora Amplificasom.
No sábado (dia 11) muito são aqueles que gostariam de ter o dom da ubiquidade. À distância de pouquíssimos metros, aqueles que separam as salas 1 e 2 do Hard Club, dois concertos que o mesmo público adoraria ver. Na Sala 1, os Zen celebram 25 anos do álbum «The Privilege of Making the Wrong Choice», ao passo que na Sala 2 os Cabeças de Gado celebram 35 anos da sua formação inicial, tendo como convidados os Stupid Cupids. No Barracuda, a Noites Suburbanas apresenta I Am The Shadow e Uncanny Chamber e no M.Ou.Co. actua o norte-americano Johnny Jewel.
Já no dia 15, os Fado Malvado apresentam-se no Teatro Helena Sá e Costa e levam na bagagem o álbum de estreia «Pontos de Passagem».
Sexta-feira (dia 17), o duo Lebanon Hanover, formado por Larissa Iceglass (voz e guitarra) e William Maybelline (voz, baixo e teclados), actua na Sala 2 do Hard Club, enquanto na principal há concerto de Bezegol & Rude Bwoy Banda. No Barracuda, o palco é dos norte-americanos Lord Friday The 13th.
No dia seguinte (18), a sala da Rua da Madeira recebe Peter Suede, enquanto os Derrame apresentam o novo álbum «Unveiling Pain», no Woodstock 69.
Domingo (19), os Birds Are Indie levam o seu fantástico álbum «Ones & Zeros» até à Socorro Record Store, que conta ainda com concerto de Little Friend, e o Auditório Francisco de Assis, no Colégio Luso-Francês, é palco para o regresso dos norte-americanos The Saxophones, duo composto pelo casal Alexei Erenkov e Alison Alderdice.
Novamente no âmbito do Misty Fest, no dia 21, Kurt Wagner (Lambchop) e Alan Sparhawk (Low) apresentam-se separadamente a solo na Casa da Música, para no dia seguinte (22) ser a vez de Nadine Khouri e também de John Grant.
Dia 23, pelo Hard Club passa o ex-Arcade Fire Will Butler e Sister Squares, enquanto no Maus Hábitos a noite será dedicada à música pesada com os Memorial State. Mesmo em frente, no Coliseu do Porto, há The Gift e no Auditório CCOP Filipe Sambado, que apresenta o novo álbum «Três Anos de Escorpião em Touro».
Os lisboetas Lefty regressam ao Maus Hábitos no dia 24, depois de ali terem apresentado a Norte o seu disco de estreia, enquanto, no dia seguinte (25), os 800 Gondomar e os Amijas actuam no Auditório CCOP, que no dia 26 recebe os Holy Wave.
Ainda no dia 26, na Socorro Record Store há Deadfest, com actuações dos Grindead, Booby Trap e Sadistic Overkill.
A fechar o mês, no dia 30, Dispirited Spirits, projecto de Indigo Dias, apresenta o seu mais recente trabalho discográfico, «The Redshif Blues», numa noite que conta ainda com os Calmness. No Hard Rock Café, há concerto intimista com Marty & Olivia Willson-Piper. Mais conhecido como membro dos The Church, Marty Willson-Piper juntou-se a Olivia e… um casamento depois e mais de uma dúzia de projectos de estúdio, a dupla, atualmente a residir em Portugal, apresenta-se na Invicta munidos apenas por um violino e um violão de 12 cordas.
Nota final para a 10ª edição do Porto/Post/Doc (PPD), que decorre entre os dias 17 e 25 de Novembro em diversas salas da cidade Invicta, em especial para a Competição Transmission, dedicada a documentários sobre música e movimentos culturais.
Este ano, há documentários sobre Nick Cave, Moderat, Little Richard, José Gonzalez, CAN e Peter Doherty, entre outros, e os filmes passam sempre duas vezes. Destaque ainda para «Maquete’92», um documentário sobre a banda vilacondense Turbo Junk I.E.. Encontrem o(s) filme(s) que pretendem ver na Competição Transmission do PPD’23 AQUI.