A esperada rendição deu-se ontem à noite em Vilar de Mouros. No primeiro dia do festival, os Limp Bizkit, que haviam cancelado o concerto no ano anterior, recompensaram os seus fãs, que cedo chegaram ao recinto, com um concerto absolutamente brutal e de grande enchente.

Que o diga o tipo do aeroporto, que os recebeu quando aterraram em Portugal, e fez do sonho realidade: cantar com Fred Durst. O “check-in” foi validado e Márcio subiu ao palco. Ao ritmo de “Full Nelson” fez o dueto inesperado de se lhe tirar o… boné!
“Out of style”, “Dirty rotten bizkit”, “My generation” foram alguns dos temas que o público, saudoso do “mosh” metal dos Limp Bizkit, se deliciou e que tanto sucesso fez nas duas últimas décadas. “Three Dollar Bill, Yall$”, álbum de estreia lançado em 1997, já vai longe, mas o primeiro amor nunca se esquece e foi, por isso, recordado, tais como temas do segundo álbum, “Significant Other” (1999), com que os norte-americanos definitivamente arrancaram para o estrelato musical.

Finalizaram a sua atuação com “Break stuff” e coroaram uma noite que será inesquecível para aqueles que presenciaram o regresso Limp Bizkit a Portugal.
O primeiro dia de concertos arrancou com os portugueses Micomaníacos, banda de Caminha que cumpriu também o sonho de pisar o palco de Vilar de Mouros. “Nenhum de nós acreditava que estaria aqui hoje”, assumiu um dos membros da banda.

Seguiram-se os norte-americanos The Last Internationale com um concerto de protesto. Tem sido assim em atuações anteriores e a receita não muda, só os alvos da contestação. E pelas imagens que iam passando nos écrans, alguns até já desenquadrados da realidade como “morto.”. A alusão a “Grândola, Vila Morena”, tema que fechou o concerto”, foi a “cereja” dessa vertente política que querem “parasitar“ sobre as músicas. Essa rebeldia contestatária de Edgey Pires (guitarrista) e Delila Paz (vocalista) não deixou, por isso, de ser apreciada pelo público. E terá sido, certamente, a alavanca para uma noite bem energética, como foram os britânicos Enter Shikari a trazerem para cima do palco a sua música eletrónica.

O fecho do primeiro dia de CA Vilar de Mouros coube aos históricos Xutos & Pontapés, que navegaram por diversos álbuns da sua extensa carreira, recordando o momento que por cá passaram. Em 1982, num lugar onde, certamente, foram muito felizes.


Cartaz/horários:
24 de agosto
00h30 – The Bloody Beetroots
22h45 – The Prodigy
21h00 – Millencolin
19h30 – Nowhere To Be Found
25 de agosto
00h15 – Pendulum
22h15 – Within Temptation
20h45 – Apocalyptica
19h15 – Bizarra Locomotiva
26 de agosto
00h45 – Ornatos Violeta
22h45 – James
21h00 – Guano Apes
19h30 – Peaches